Responsável por prejuízos de US$ 4 bilhões anuais, a infraestrutura logística é um dos temas sensíveis do agronegócio. O gargalo, que compromete desde a chegada de suprimentos até o escoamento das mercadorias, está diretamente relacionado à falta de controle da colheita e às más condições das estradas, por onde passam a maior parte da produção. Balanças de caminhões instaladas em postos de pesagem, fazendas, cooperativas e armazéns têm contribuído para reduzir significativamente esse que é um dos principais itens do chamado “custo Brasil”.
As perdas começam já no recebimento dos insumos, como fertilizantes, adubos e outras matérias-primas. Sem controlar a carga, o produtor corre o risco de pagar mais por menos. Muitas fazendas também deixam de pesar a colheita, ou transferem essa responsabilidade para terceiros, o que reduz a confiabilidade das informações.
Os custos logísticos podem ser ainda mais elevados quando a produção ingressa nas estradas. A falta de aferição do peso, tanto na saída das propriedades quanto nos postos rodoviários de pesagem, acarreta em pavimentação esburacada, vias sem acostamento e mais acidentes. Consequentemente, há aumento de despesas com manutenção dos veículos, atraso nas entregas e pagamento de multas por excesso de carga. Para se ter dimensão do problema, os custos devidos às más condições infraestruturais corroem aproximadamente 10% da safra.
Se a situação é grave hoje, nos próximos anos a atenção à pesagem das cargas deverá ser redobrada. A partir do início de 2012, o limite de peso bruto transmitido por eixo dos veículos será reduzido dos atuais 7,5% para 5%. A mudança da resolução proposta pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) deve afetar especialmente o transporte de grãos. Diversas categorias do agronegócio pressionam o governo para que haja ampliação em vez de retração das margens de tolerância. Enquanto dura o impasse, diversas empresas têm se adiantado, instalando sistemas de pesagem com balanças de caminhões especialmente desenvolvidas para realizar esse tipo de operação.
Limite de peso por eixo será reduzido para 5% em 2012
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