A previsão para esta estação de nascimento é de mais de 50 milhões de bezerros. Eles precisarão ser desmamados e, em todos, deverá ser feita a cura do umbigo. A cura do umbigo é obrigatória para prevenir doenças que podem acometer os animais recém-nascidos.
Para fazer a cura, não bastam cuidados sanitários. O manejo requer cuidados específicos, já que este é o primeiro contato do animal com o homem. Cuidados também devem ser tomados com a vaca, especialmente as primíparas, evitando o abandono da cria.
A cura do umbigo exige planejamento e mão de obra capacitada. O manejo adotado irá ajudar na formação do temperamento do animal. Por isso, não se deve arrastar o bezerro na ponta da corda, e muito menos agredir a mãe ou o filho para realizar o manejo.
O primeiro passo para o manejo é fazer uma maternidade onde seja possível trabalhar mesmo com vacas reativas. Bastante comum e funcional, a construção de um piquete de arame pode ser feito aproveitando um dos cantos da cerca, onde o lote entra por uma porteira e as vacas saem por outras duas. As vacas não paridas retornam ao pasto original, e as paridas, ao pasto vizinho.
Essas cercas do piquete podem ser construídas com dez fios de arame distribuídos, na sua maioria, abaixo dos 70 centímetros , para evitar a fuga dos bezerros. Os bezerros nascidos pela manhã só devem passar pelo manejo de cura à tarde, e vice-versa. O intervalo é importante para o relacionamento entre mãe e filho, diminuindo o risco de abandono, melhorado pela possibilidade de uma ótima mamada do colostro.
Como o manejo precisa ser feito sem agressividade – o que influencia o temperamento do animal e, consequentemente, a qualidade da carne –, a corda só deve ser usada para aproximação, sem arrastar o bezerro.
Na cura, o correto é mergulhar o umbigo no produto. O corte do umbigo poderá ser feito se este for muito longo, acima de 20 centímetros , sendo importante amarrar.
Para completar o manejo, no mesmo dia as fazendas integradas ao Eras (Estabelecimentos Rurais Aprovados no Sisbov) devem fazer o furo de 0,5 milímetros na orelha, com a ferramenta adequada, onde será colocado o brinco na desmama. Deve-se aplicar um endectocida, prevenindo a incidência de miíase (bicheira). Esta aplicação deve ser na tábua do pescoço (preferencialmente via subcutânea), evitando lesões em áreas nobres de carne.
Piquete para cura do umbigo dentro da materindade facilita o manejo, que pode influenciar o comportamento futuro do gado.
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