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Os cafeicultores de Rondônia ganharão novas variedades de café conilon adaptadas às características da região em dezembro deste ano. É o que esperam os pesquisadores da unidade da Embrapa instalada no Estado, que trabalham com o melhoramento dessa cultivar há cerca de duas décadas. Após uma criteriosa seleção, que resultou na escolha de 25 entre os milhares de clones presentes nos campos rondonienses, as novas variedades serão mais produtivas, mais tolerantes a doenças e com maior qualidade de grãos. Os materiais genéticos estão em fase de registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O trabalho da Embrapa com o café conilon de Rondônia começou há pouco mais de 20 anos, quando esse tipo de cultivo teve início na Amazônia ocidental.
— Nos anos de 1990 e início de 2000 já se tinha desenvolvido um bom sistema de produção desse café e os pesquisadores fizeram várias expedições de coleta nos principais polos produtivos do Estado, de forma que foi possível selecionar milhares de plantas. Após testes preliminares e avaliações, isso foi reduzido para 400 bons clones. A segunda etapa foi, a partir desse material superior, escolher os melhores — explica o engenheiro agrônomo André Rostand Ramalho, pesquisador da Embrapa Rondonia.
O trabalho de campo do melhoramento já foi concluído e os dados sobre as cultivares já estão disponíveis. Em fase de registro no Ministerio da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento, os materiais devem estar disponiveis para os cafeicultores de Rondonia em dezembro. Apos a fase protocolar inicial, acredita-se que, em 2013 os produtores terao acesso comercial a essas sementes.
Produtividade e sanidade
A produtividade media atual de Rondonia avaliada pelo IBGE é baixa, de cerca de 15 sacas de café beneficiado. Com as novas variedades que a Embrapa esta desenvolvendo, a expectativa e que essa media alcance ate 120 sacas.
— Isso é possível e tem sido conseguido não só a nível de experimento, como também em pequenas lavouras, de forma que o produtor rondoniense ou mesmo da Amazônia legal, aplicando as técnicas que são recomendadas como calagem e adubação, juntamente com esse material de melhor genética, é possível sim elevar a produtiviade do estado de Rondônia a pelo menos 50 a 60 sacas de café beneficiado por hectare — garante.
Em relação a fitodefesa, a principal novidade dessas variedades e o nivel aumentado de resistencia sobretudo a ferrugem alaranjada, principal doenca da cafeicultura local.
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