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Na região do Parecis, no estado do Mato Grosso, o milho se destaca como a segunda cultura mais plantada, depois da soja. Esse fator, associado às condições climáticas, cria um cenário favorável ao aparecimento de novas pragas.
Nos últimos anos, pragas que eram consideradas secundárias, como o pulgão do milho (Rhopalosiphum maidis), passaram a atacar a cultura com mais frequência e intensidade, tornando-se um problema real para alguns produtores.
O pulgão do milho é um inseto pequeno, esférico que pode ser verde claro, verde azulado ou acinzentado. O período mais crítico da praga é o pendoamento, ou quando a planta forma o pendão – área preferida pelo inseto.
Os locais mais prováveis para a proliferação das colônias são a bainha das folhas e a parte superior da planta de milho. Mas as infestações podem ocorrer também no cartucho e no pendão da planta, onde são observados os maiores danos. Isso traz uma grave ameaça, porque ele atinge diretamente o sistema de reprodução da planta.
As consequências mais prováveis são as falhas na polinização e o aparecimento de espigas estéreis ou incompletas. As plantas mais atacadas ganham o aspecto seco, mais conhecido como fenômeno da “murcha”. Elas são acometidas também pelo encurvamento do pendão ou “encarquilhamento”, e pela perda da cor nas folhas ou “clorose”.
Para evitar a infestação do pulgão, portanto, algumas práticas devem ser observadas. Um exemplo importante é o monitoramento da população, realizado no período de 30 a 70 dias após a germinação, durante a fase vegetativa e no início da fase reprodutiva da cultura.
O controle do pulgão pode ser feito com defensivos agrícolas à base do princípio ativo thiametoxam. Quando o milho se encontra em estágios mais avançados de crescimento, o controle pode ser feito usando pulverizadores como parruda ou avião, seguindo a recomendação de aplicação prescrita pelo especialista.
O monitoramento contínuo da lavoura, o acesso às tecnologias e o manejo correto são medidas que o produtor deve tomar para evitar a perda de produtividade. Como se trata de uma praga relativamente nova e a cultura do milho está em fase de expansão, os agricultores, consultores e pesquisadores devem ficar atentos ao ataque de pulgões e serem ágeis na busca de soluções.
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