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Anelise Macedo, Embrapa Hortaliças
19/07/2013
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O Irrigas, sensor de controle de irrigação desenvolvido pela Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), lançado em 2002, entrou na era da automação. O controlador, com novos valores agregados, foi apresentado a técnicos e pesquisadores da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), na semana passada, pela Hidrosense, empresa licenciada para fabricar e oferecer a tecnologia Irrigas.
“O novo controlador, baseado na tecnologia patenteada pelo pesquisador Adonai Calbo, hoje na Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos-SP), possibilita a total automação da irrigação e pode ser utilizado em qualquer tipo de produção agrícola, incluindo a de substratos”, explica o pesquisador Waldir Marouelli.
Equipamento possibilita a total automação da irrigação e pode ser utilizado em qualquer tipo de produção agrícola, incluindo a de substratos
De acordo com o pesquisador, o controlador está sendo usado principalmente em estufas e culturas de maior rentabilidade, como tomate do tipo cereja ou “sweet grape”, mas pode ser utilizado em outras culturas, especialmente aquelas irrigadas por gotejamento. O novo controlador pode ser adquirido com um ou até módulos, sendo que cada módulo pode ser acrescido em função da necessidade do usuário. Segundo Marouelli, cada módulo faz o controle da irrigação em uma área/cultura específica. “Um módulo fica com o tomate em início de frutificação, outro no tomate em fase de colheita, outro com pimentão etc.”, exemplifica.
Segundo ele, cada módulo do novo controlador possibilita monitorar, de forma automática e contínua, a “força” (tensão) com que a água está retida no solo, e acionar automaticamente o sistema de irrigação quando a umidade chegar a um nível que possa prejudicar a produção da cultura. A decisão sobre quando irrigar é baseada na leitura automática, pelo controlador, de cinco sensores Irrigas instalados na área por meio de pequenos tubos do tipo “espaguete”. A tensão para determinar quando irrigar e o tempo de irrigação são programados pelo usuário utilizando três botões disponíveis no controlador.
“Essas informações são dependentes do tipo de hortaliça (cultura), do sistema de irrigação e do tipo de solo, e podem ser obtidas em várias Circulares Técnicas e livros sobre irrigação publicados pela Embrapa Hortaliças ou disponíveis no mercado”, registra o pesquisador. Assim, após devidamente programado, o controlador estabelece quando e quanto irrigar, sem a necessidade de o produtor se preocupar com variações climáticas e desenvolvimento das plantas. “Ou seja, irriga-se somente quando realmente é necessário”.
Além da utilização na produção comercial de hortaliças e de outras espécies de plantas, o novo controlador pode ser usado com vantagens no manejo de água em experimentos específicos de irrigação. Também pode vir a ser utilizado para melhorar a qualidade da irrigação efetuada em outros tipos de experimentos realizados na Unidade, destacando-se aqueles conduzidos em ambientes protegidos (estufas).
Sofisticação
Para o técnico Adejar Marinho, “como se trata de um sistema sofisticado e avançado de controle de irrigação, apresenta um preço alto – entre nove a dez mil reais”. Segundo ele, o valor foge, por enquanto, aos padrões da agricultura familiar, que deve continuar com o uso do sensor Irrigas simples, que continua disponível, tem custo acessível e permite que o produtor faça um excelente controle da irrigação, só que manualmente.
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