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Joana Silva, Embrapa Instrumentação
06/07/2017
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O irrigador solar, tecnologia de baixo custo para pequenos produtores e jardineiros, começa a ser testado a partir desta quarta-feira (5) no jardim varietal de cana-de-açúcar da fazenda experimental da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Jaú “Hélio de Moraes” (UPD) da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta).
De acordo com a chefe da seção técnica da UPD, Gabriela Aferri, o jardim tem o objetivo de contar a história das cultivares de cana no Brasil. "O irrigador solar, além de irrigar o jardim funcionará como uma vitrine aos visitantes da UPD", diz ao explicar que o sistema foi escolhido por ser uma tecnologia acessível, versátil e de grande empregabilidade.
A instalação ocorre um mês após a Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP) também ter instalado na UPD as tecnologias sociais - fossa séptica biodigestora e jardim filtrante.
Destinado a produtores rurais, estudantes e público interessado, o dia de campo tem início previsto para as 8 horas. O pesquisador Washington Luiz de Barros Melo, responsável pelo desenvolvimento do irrigador solar, vai falar da pesquisa, benefícios da tecnologia às 10h15, logo após a palestra do pesquisador da UPD de Jaú, Glauber José de Castro Gava, sobre irrigação convencional.
A montagem do irrigador solar vai ocorrer às 12h30, sendo que a instalação do sistema no canteiro de cana-de-açúcar está programada para as 14h15. “É a primeira vez que vamos instalar o irrigador solar neste tipo de cultura, mas a expectativa é de que a tecnologia seja tão eficiente como é para hortas e jardins”, diz o pesquisador.
A instalação das tecnologias sociais da Embrapa Instrumentação faz parte do plano de readequação do Encontro de DNA – Desenvolvendo Nosso Negócio, que era realizado na Cooperativa Agrícola da Zona do Jahu e passa, a partir desta quarta edição, para a fazenda experimental da Apta, unidade de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O encontro será de 13 a 15 de setembro.
Gabriela Aferri explica que a mudança ocorre a fim de ampliar o espaço e incluir novas atividades associadas à exposição de materiais e tecnologias, como as de saneamento e irrigação que serão demonstradas no Encontro de DNA.
“A instalação dos sistemas – fossa séptica biodigestora, jardim filtrante e irrigador solar - deverão contribuir para tornar a fazenda experimental uma vitrine tecnológica, com transferência de conhecimento aos visitantes”,
afirma Gabriela.
Irrigador solar
O irrigador é automático, não usa eletricidade e ainda pode ser feito com materiais usados. A tecnologia poderá ajudar de pequenos produtores a jardineiros amadores a manter seus canteiros irrigados pelo método de gotejamento.
O equipamento é baseado em um princípio simples da termodinâmica: o ar se expande quando aquecido. Melo se valeu dessa propriedade para utilizar o ar como uma bomba que pressiona a água para a irrigação.
As vantagens do irrigador caseiro são várias, conforme enumera o pesquisador. Trata-se de um sistema automático sem fotocélulas e que não demanda eletricidade, pois depende somente da luz solar, tornando sua operação extremamente econômica. Ele promove igualmente uma economia de água, pois utiliza o método de gotejamento para irrigar, o que evita o desperdício do recurso.
"Além disso, é possível construí-lo com objetos que seriam jogados no lixo, como garrafas e recipientes de plástico, metal ou vidro", lembra o especialista.
A versatilidade do equipamento também é grande. A intensidade do gotejamento pode ser regulada por meio da altura do gotejador e o produtor pode colocar nutrientes ou outros insumos na água do reservatório para otimizar a irrigação.
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