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Sanidade Vegetal |
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Atenção à presença das lagartas na fase inicial da soja |
Situação pode ocorrer não só com a Helicoverpa, mas também com outras lagartas, desde de que a vegetação de cobertura do solo |
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Carina Rufino, Embrapa Soja
15/10/2013
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O aparecimento no estado de Mato Grosso da lagarta Helicoverpa em áreas recém plantadas de soja, com plantas ainda bem pequenas, têm preocupado produtores e técnicos de diferentes regiões. De acordo com o pesquisador Adeney Bueno, da Embrapa Soja, a situação pode ocorrer não só com a Helicoverpa, mas também com outras lagartas, desde de que a vegetação de cobertura do solo, algumas vezes tigueras da cultura anterior ou mesmo plantas voluntárias, sejam hospedeiras para as lagartas. “Isso acontece porque enquanto as plantas dessecadas morrem e vão perdendo a qualidade nutricional para os insetos, as plantas recém-semeadas vão germinando, bastante atrativas para as lagartas grandes que sobreviveram da vegetação anterior. As lagartas já mais bem desenvolvidas conseguem sobreviver alguns poucos dias com alimento deficitário. Com isso, elas passam a atacar a plantar na fase inicial de desenvolvimento. É um comportamento muito semelhante ao da lagarta-rosca, já conhecida dos produtores”, explica Bueno.
De acordo com o pesquisador, o ideal é que o produtor faça a dessecação de plantio sequencial conseguindo eliminar a vegetação de cobertura da área, como o milho tiguera ou plantas daninhas, gerando um período de pousio de cerca de 15 dias, tempo suficiente para que a lagarta morra de fome. “Essa é a situação ideal, pois não agride o ambiente e favorece os inimigos naturais, entretanto, dependente de boas condições climáticas”, enfatiza. A recomendação agora é reforçar as inspeções nas lavouras, especialmente nas áreas com restos de vegetação e monitorar a possível presença da lagarta.
Para quem encontrar lagartas grandes em áreas com soja recém-emergida, será necessário iniciar uma operação de controle, de preferência com uso de inseticidas de contato e, sempre que possível, usando os produtos mais seletivos que existem. A aplicação deve ser feita no fim da tarde e início da noite, pois é o horário que as lagartas se movimentam mais. “Durante o dia, ela pode se abrigar nos primeiros centímetros do solo para fugir do sol quente, com isso, o inseticida que age por contato com inseto, terá mais dificuldade para atingi-lo. No fim da tarde, as lagartas se movimentam mais em busca de alimento e é nesse momento que o controle terá maior chance de sucesso”, destaca o pesquisador da Embrapa Soja. Além do horário da aplicação, o produtor pode direcionar o jato para o colo da planta. “É uma tática comum no milho, mas que também pode ser adotada na soja”, reforça.
As orientações e outras dicas do pesquisador sobre o manejo da lagarta Helicoverpa na fase inicial da safra de soja, podem ser acessadas clicando aqui. Além da entrevista, a Embrapa disponibilizou um site para auxiliar o produtor na tomada de decisão e ampliar o nível de informação sobre o manejo da lagarta Helicoverpa na cultura da soja. O site contém informações técnicas, entrevistas, palestras e publicações. Acesse aqui.
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Alcindo Pastore
15/10/2013 23:03:46
- O que querem é deixar o Produtor bem assustado e muito confuso, só pode ser isso!!!!, pois de uma hora para outra, todas as tecnologias e manejos já estabelecidos devem ser modificados, e tudo por causa de uma helicoverpa??? Espera ai, então agora ao invés de eliminar-mos a janela, entre os cultivos, prática tão difundida no controle da Buva e manutenção dos inimigos naturais, agora não vale mais nada, devemos dessecar cedo , e sequencialmente eliminando toda a vegetação para que a helicoverpa não tenha o que comer. Ótimo, assim baixaremos a população de todos os indivíduos, inclusive os inimigos naturais, então quando os novos ovos eclodirem teremos somente a soja fresquinha para ser consumida,é claro que aumentará o numero de pragas antes do restabelecimento da população de inimigos, então aumentará o problema, isso é um fato certo. Quanto a questão do inseticida de contato é outra bomba, porque se mata a lagarta e deve ser aplicado quando ela está fora e exposta, então os inimigos estarão fora e expostos também,todos serão combatidos e "páu no MIP" e na seletividade novamente, não entendi essa de contato seletivo???? É bem sabido que esta praga é de difícil controle, e os entomologistas já conseguem por meio de microscópio identificar quando é a Armigera, porém a maioria dos agrônomos das cooperativas e empresas de assistência da maioria das regiões não conseguem diferenciar nada de nada, tem que coletar as pragas e enviar aos pesquisadores para obter uma resposta ao produtor, então aqui na minha região, e em outras muitas pode nem existir Armigera, mas por tabela tem muitos agrônomos empurrando inseticida de contato e não seletivo aos agricultores na primeira aplicação da soja, em muitos locais até antes do 3° trifólio, com 1 a 2 lagartas a cada 5 metros lineares. "Que maravilha" isso certamente vai controlar o que não existe com bastante eficiência, porém o número de percevejos irá aumentar e o ataque acontecerá muito precocemente, pois as cultivares indeterminadas emitem canivete mais cedo, dando oportunidade para o aumento da janela do percevejo, que sem os inimigos naturais, se alimenta e procria aos punhados. Usar contato na primeira aplicação é pior que usar piretróide, isso o agricultor sabe,já passamos por isso, não precisa nem explicar...
ainda acredito que a melhor forma de combater uma praga, depois da presença de inimigo natural é a aplicação de produto biológico de forma preventiva,e se mesmo assim não surtir resultado, então no caso de um ataque severo sim devemos entrar pulverizando um princípio mais agressivo, seja ele seletivo ou não, dependendo da situação, ou alguém planta soja para tratar lagarta??. Agora combater o que não se vê e não se tem certeza pra mim é jogar dinheiro ao vento, e no momento o produtor não está com esse conforto todo. Essa novela já assistimos quando do aparecimento da ferrugem asiática, onde se recomendava 2 a 3 aplicações, iniciando cedo e superestimando as possíveis perdas, dizendo que se a ferrugem aparecesse já era tarde e as lavouras estariam perdidas. Hoje sabemos que na prática isso não é verdade, pois dependendo do clima da região é possível até conviver com a doença, dependendo do estágio da cultura.Na minha região a segunda aplicação por exemplo, as vezes nem acontece, dependendo da época de plantio e do ciclo da cultivar. Agradeço à Carina e a todos os pesquisadores, Embrapa, fundações e instituições que estão empenhados em agregar idéias e conhecimento sobre a Helicoverpa, as melhores formas de conviver com a nova praga, ou combater,isto é muito importante e necessário, porém não criemos receitas prontas, nem pânico, isso não ajuda em nada, a não ser no faturamento dos vendedores de pesticidas, e de microscópios, pois cada local tem suas particularidades e a receita pode muito bem dar muito errado para alguns outros locais.Pra mim o grande segredo está em orientar e ensinar o produtor e a assistência técnica a identificar a praga, combater é trabalho do produtor e de um bom pulverizador, com o produto corretamente receitado. Também não devemos mudar tudo por causa de uma nova praga,não é a primeira e não será a última praga nova e assustadora a surgir,afinal sempre a que surge é (nova e assustadora!!!) isso seria jogar anos de pesquisas fora, não dá pra trocar fatos e práticas concretizadas por possibilidades, isso é meio que óbvio, preparemo-nos para a guerra, isso sim, ai vigiaremos as lavouras e deixemos o inimigo pelo menos aparecer,assim que identificado, então vamos atirar nele pra acertar,com o produto que faz o efeito necessário,para aquele estágio ou instar da lagarta, isso diminuirá o gasto de munição, tempo e dólar, surtindo com certeza o melhor resultado, encurtando o tempo de batalha e o Stress para todos.
Abraço a todos e uma boa safra!!, com ou sem a "marvada" Armigera.
Celso Fehr
16/10/2013 10:34:37
Bom dia, concordo com o Sr. Alcindo a prevenção e produtos biológicos e naturais, tem surtido efeito, com a ferrugem já se convivi e produzindo a mesma quantidade ou até 2 sacas mais, e com as lagartas tem se utilizado o silício na prevenção e controle, pois em ambos os casos tem auxiliado em manter a produção, via sistêmica tem criado um película protetora nas partes internas e sombrias onde o defensivos não atingem e eliminando as lagartas através de estresse alimentar, pois desgasta suas mandíbulas e com o silício certo pode ser misturado se for caso com qualquer defensivo. abraço a todos.
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