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Kamila Pitombeira
17/12/2012
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A fertilização é extremamente importante para o desenvolvimento da cultura. É dela que vêm os nutrientes essenciais para o desenvolvimento das plantas e que, eventualmente, se encontram com índices baixos no solo. São vários os tipos de fertilização, mas um deles tem chamado a atenção pelo baixo custo e ótima eficiência. A inoculação de sementes pode aumentar a produtividade do milho safrinha em até 50%, além de reduzir o custo de produção em 20%. Isso porque uma dose do material inoculante custa apenas R$8 por hectare em média.
— O principal benefício do uso de inoculantes em gramíneas é a possibilidade de economia de nitrogênio que o inoculante pode oferecer às culturas. Sendo uma gramínea, o milho exige grande quantidade de nitrogênio e, com isso, eleva o custo de produção. O uso de inoculantes poderia suprir parte dessa necessidade de nitrogênio, levando com isso, além de uma possibilidade de economia, uma possibilidade também de incremento de produtividade — afirma Itacir Eloi Sandini, professor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).
Estudos mostram que o uso de inoculantes em milho safrinha pode gerar um incremento de até 50% na produtividade, dependendo da estirpe e do material genético utilizado. Segundo Sandini, pode ocorrer ainda uma redução de custo em torno de 20%.
— A principal forma de utilização do inoculante é através da semente. Por outro lado, especificamente na cultura do milho, tem sido observado que o tratamento industrial da semente acaba beneficiando o produtor na questão de não precisar fazer o procedimento na propriedade, mas dificulta o uso do inoculante devido à baixa sobrevivência da bactéria — explica ele.
Dessa forma, o professor conta que novas pesquisas têm sido feitas sobre alternativas ao uso do inoculante na semente, que poderia ser feito também no sulco de semeadura. No caso da inoculação de sementes, é preciso que o tratamento seja feito em, no máximo, 24 horas antes da operação de plantio. Já a inoculação através do sulco de semeadura, deve ser feita com equipamentos especiais.
— É preciso ainda utilizar alguns produtos que venham a proteger as bactérias, evitando assim a necessidade de fazer uma reaplicação dos inoculantes após o período de plantio. Além disso, é importante ressaltar ainda que a inoculação realizada em um período superior a 24 horas, não surte efeito — diz.
Sandini explica que na cultura do milho, uma das tecnologias mais baratas é a inoculação. Ele afirma que hoje, o custo de uma dose de inoculante gira em torno de R$8 por hectare. Portanto, esse investimento é extremamente baixo frente à possibilidade de redução do uso do nitrogênio aplicado em cobertura.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Unicentro através do número (42) 3621-1000.
Reportagem exclusiva originalmente publicada em 27/12/2011
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