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A maioria dos frangos produzidos no Brasil tem boa resistência ao frio e uma dificuldade enorme de suportar condições de elevada temperatura. Isso acontece porque essas aves, em geral, têm material genético importado e não são adaptadas às condições tropicais. Para evitar que a variação térmica afete características nutritivas e comprometa o desempenho dos animais, é essencial que o produtor tome uma série de providências.
As aves trocam calor com o ambiente por quatro mecanismos principais. São as trocas sensíveis, que podem ser por radiação, condução ou convecção, e as trocas latentes, que são representadas pelas trocas evaporativas. As trocas sensíveis, menos onerosas para os animais, são caracterizadas por um diferencial de temperatura entre a superfície do animal e a temperatura do ambiente. Quanto menor o diferencial, menor a capacidade de trocas. Já as trocas latentes, feitas por meio da respiração, podem se tornar muito onerosas se durarem um período prolongado. O resultado pode ser um desequilíbrio de ácido básico das aves, o que acarreta prejuízos metabólicos. Por isso, o ideal é que esse tipo de troca seja evitado.
— A gente tem que pensar em maximizar as trocas sensíveis, ou seja, que não oneram custos metabólicos tão grandes para os animais. E características, por exemplo, como a condução da cama onde os animais estão alojados, a temperatura da água dos bebedouros, a disposição dos ventiladores, tudo isso vai afetar numa maior ou menor probabilidade dessas trocas dos animais com o meio — explica com a zootecnista Sheila Tavares Nascimento, pesquisadora do Núcelo de Pesquisa em Ambiência (NUPEA) da Esalq, USP.
Várias questões devem ser levadas em conta para que o problema com as variações térmicas seja evitado. Uma delas é a instalação. Se for uma instalação onde o ambiente não é completamente controlado, é necessário comprar ventiladores adequados, que possam maximizar as trocas das aves. Outro ponto importante é a densidade de alojamento das aves, que deve oferecer um espaço mínimo para que as aves possam abrir as asas e agachar. Em relação ao manejo nutricional, em condições de calor e estresse térmico é importante fornecer uma ração que permita menor produção do incremento calórico.
De acordo com a zootecnista, é importante que o produtor recorra a orientações técnicas para tomar todas essas medidas de forma adequada e controlada.
— Toda produção deve ser auxiliada por um técnico responsável que tenha conhecimento na área para sempre proporcionar uma melhor produção para ele. O produtor nunca deve fazer o trabalho sozinho. Ele sempre tem que contar com o apoio de uma equipe especializada — orienta.
Para ler um artigo científico sobre o assunto, clique aqui.
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