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O controle biológico de insetos praga e doenças é quando utilizamos organismos (fungos, bactérias, vírus, nematóides ou insetos), que possuem efeito como biocontroladores. Os fungos entomopatogênicos são utilizados no controle de insetos praga, quando aplicados na lavoura promovem o controle destes insetos de forma natural. O Trichoderma é um fungo biocontrolador de doenças e têm a capacidade de se “alimentar” de fungos fitopatogênicos, desta forma, este micro-organismo promove o controle e reduz a pressão do inoculo de doenças no campo.

O Trichoderma tem sido muito utilizado para o controle do mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) em feijoeiro, doença que tem se tornado freqüente e causado muitos danos as lavouras com elevada redução de produtividade. Vários são os motivos que tornaram o mofo-branco uma doença comum e destrutiva, como a utilização de sementes contaminadas, a sucessão de culturas como soja e feijão em áreas irrigadas, o crescimento vegetativo exagerado (excesso de adubação nitrogenada), a capacidade do fungo em produzir estruturas de resistência (escleródios) que podem sobreviver por mais de oito anos no solo e a baixa eficiência dos fungicidas químicos como preventivos da doença.

O uso do controle biológico tem diversas vantagens quanto ao uso do controle químico. Primeiramente, por se tratar de um controle natural, o impacto ambiental é baixo quando comparamos com o controle químico e também podemos ressaltar que no controle biológico não existe o problema da resistência quanto ao principio ativo, como ocorre com o uso continuo do controle químico. O Trichoderma tem efeito sobre os escleródios promovendo a redução do inoculo da doença no campo e conseqüentemente a sua incidência. O controle químico não tem efeito sobre essas estruturas de resistência, sendo está uma das principais vantagens do uso do controle biológico para o controle do mofo-branco.

O controle biológico do mofo-branco em feijoeiro deve ser realizado de forma integrada, ou seja, devemos adotar um conjunto de práticas de manejo que irão atuar para o controle da doença no campo, pensando dessa forma práticas como a rotação de culturas e manejo da palhada, sementes sadias e tratadas, adubação equilibrada, controle na irrigação (evitar excesso de umidade), controle químico e controle biológico, são fundamentais para um controle efetivo da doença. A recomendação é que seja realizada a aplicação do Trichoderma e o monitoramento da doença, e quando necessário seja feita a aplicação com o fungicida químico. O uso isolado do controle biológico não resolve totalmente o problema do mofo-branco, principalmente no primeiro ano de aplicação, mas reduz a incidência e severidade da doença, tornando a aplicação do fungicida menos freqüente.

O controle biológico com Trichoderma para o mofo-branco em feijoeiro deve ser utilizado de forma preventiva e pode ser realizado no tratamento de sementes ou com pulverização em área total quando a cultura estiver com três a quatro trifólios, sempre observar e seguir a recomendação do fabricante. A umidade do solo é fundamental para a eficiência do controle biológico, portanto devemos utilizar o Trichoderma preferencialmente antes da irrigação ou de chuvas. A aplicação pode ser realizada conjuntamente com a irrigação e devemos sempre que possível evitar a aplicação conjunta de produtos biológicos com defensivos químicos.

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Jeferson Antônio de Souza (jeferson@biosolos.com.br)
31/08/2010 - 15:54
Achei muito boa a matÚria. Inclusive, gostaria de fazer contato com o autor, pois temos trabalhado em palhada com um produto para substituir a urÚia, Ó base de complexos enzimßticos, juntamente com Trichoderma antecedendo plantio de girassol ap¾s milho. O resultado foi muito bom e gostaria de trocar umas ideias e, quem sabe, colocar alguma coisa no campo neste sentido.

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