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Ana Maio, Embrapa Pecuária Sudeste
06/12/2018
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Estratégias de manejo e controle para a infestação da mosca-dos-estábulos estão sendo buscadas e foram discutidas em reunião realizada na tarde de segunda-feira (3) na Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP). A intenção é procurar recursos para fomento de pesquisas que permitam o controle biológico do inseto, evitando o uso de produtos químicos e direcionando a produção para uma linha mais sustentável.
O Estado de São Paulo deve adaptar manejos já realizados no Mato Grosso do Sul, que está mais avançado no controle dessa mosca. No final de novembro, o pesquisador Alessandro Minho, da Embrapa Pecuária Sudeste, participou do 9º Workshop sobre Mosca-dos-Estábulos promovido em Campo Grande (MS).
Na reunião desta segunda estiveram presentes, além de Alessandro, o diretor de Desenvolvimento Rural da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) de General Salgado, Sidney Ezídio Martins; o veterinário do EDR (Escritório de Desenvolvimento Rural) de Fernandópolis, Cláudio Camacho; os chefes de transferência de tecnologia e de administração da Embrapa Pecuária Sudeste, André Novo e Marco Aurélio Bergamaschi; e a pesquisadora Ana Carolina Chagas, também do centro de pesquisa.
Os representantes da Cati participam do grupo técnico responsável pelo controle da mosca-dos-estábulos no Estado de São Paulo. “A ideia é firmar um convênio entre Cati, Embrapa e usinas sucroalcooleiras para acelerar os trabalhos de controle em São Paulo, como já acontece no Mato Grosso do Sul, que está no décimo ano”, explicou Alessandro.
Em 2017, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo lançou o Programa de Controle e Prevenção da Mosca-dos-estábulos, com a publicação da Resolução SAA nº 38. Esse documento define ações ligadas aos estudos para detectar as causas da praga, à realização de treinamentos técnicos para melhorar o manejo dos resíduos orgânicos e à autorização da queima profilática da palha da cana-de-açúcar.
Controle
Alessandro Minho disse que foi discutida na reunião a criação de redes de monitoramento da variação populacional da mosca-dos-estábulos, que deverá ser um pouco diferente do sistema que já existe no Estado vizinho. “Também precisamos levantar se o concentrador de vinhaça funciona ou não e preparar treinamento nas usinas”, afirmou o pesquisador.
A vinhaça é o resíduo que resta após a destilação fracionada do caldo de cana-de-açúcar fermentado e atrai os insetos, que acabam picando e infectando bovinos, equinos e até humanos. “As moscas-dos-estábulos são hematófagas [se alimentam de sangue] e sua picada é bem dolorida, acarretando incômodo aos animais e perda de produtividade para as cadeias de carne e leite”, disse Alessandro.
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