|
|
Marcelo Pimentel
16/05/2013
|
Carregando...
O hábito da safrinha ganha cada vez mais importância no estado de Mato Grosso. Alguns produtores já chegam a plantar 70% da área na segunda safra de grãos do ano. É nesse contexto que a cultura do feijão tem conquistado um espaço maior ao longo dos últimos três anos no estado.
Com a possibilidade de propiciar um retorno rápido, o feijão se consolida como boa opção. Nesta safra, por exemplo, mesmo que só consiga vender para o governo pelo preço mínimo e considerando uma produção de 20 sacas/ha, o lucro pode chegar a R$ 400,00/ha. Lembrando que o custo máximo por hectare está em R$ 1.200,00, por ser de sequeiro, aproveitar sobras de insumos da cultura anterior – geralmente a soja.
Mas antes de começar a se programar para o plantio do ano que vem, é necessário que o produtor interessado faça uma pesquisa de mercado, checando opções para a comercialização de sua produção.
Feijão safrinha vem atraindo interesse de produtores de MT nos últimos anos
De acordo com o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, lotado na Embrapa Agrossilvipastoril, Flávio Wruck, depois de buscar informações básicas sobre a cultura junto aos órgãos de extensão rural locais, "é importante saber para quem vai vender o feijão depois de colhido e ter várias opções de compradores, não pode ficar dependente apenas de um único comprador. Além disso, o produtor deve ficar atento ao humor do mercado de feijão, que é muito volátil", diz.
Sob o ponto de vista agronômico, para os produtores que quiserem se programar para a próxima safra, é bom saber que o plantio do feijão safrinha pode ser feito de 15 de janeiro a 25 de fevereiro. Sendo, no entanto, a janela ideal a terceira semana de fevereiro. "Se antecipar muito, o produtor pode pegar o final das chuvas, o que favorece a ocorrência de doenças fúngicas na lavoura. Se plantar depois do dia 25, pode faltar chuva no enchimento de grão. Essa é uma das principais dificuldades do feijão safrinha. O produtor tem muito pouco tempo para estruturar o plantio em grandes áreas”, diz ele.
Outro cuidado importante é o controle da soja remanescente da lavoura de verão, cujos grãos germinam e acabam atuando como uma invasora. A chamada soja tiguera precisa ser bem controlada sob o risco de comprometer a produtividade do feijão.
Para saber mais, ouça a entrevista exclusiva com o pesquisador Flávio Wruck na íntegra.
|