dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     22/11/2024            
 
 
    
Uva  
Cultivo protegido em y dobra produtividade
Sistemas associados diminuem incidência de doenças em até 70%, além de quantidade de defensivos e mão-de-obra
Ouça a entrevista Comente esta notícia Envie a um amigo Aponte Erros Imprimir  
Kamila Pitombeira
07/12/2012

O cultivo protegido em forma de "y" com cobertura impermeável para plantio de videiras é uma técnica introduzida e adaptada pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) para as condições do Estado de São Paulo e consiste em associar, como o nome diz, o cultivo em sistema y com o cultivo protegido da uva. No Estado de São Paulo, o cultivo de uva de mesa, principalmente a Niágara Rosada, costuma utilizar o sistema de condução em espaldeira, uma espécie de cerca com três fios de arame, onde as plantas são conduzidas. Esse sistema é bastante simples com custo relativamente baixo. Por outro lado, apesar de demandar maior investimento financeiro para sua implantação, o cultivo em y associado ao cultivo protegido, promove aumento de produtividade em até 100% e diminuição de até 70% da incidência de doenças.

Segundo José Luiz Hernandes, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), o sistema em y possui mourões mais altos com estruturas em y que permitem que a arquitetura da planta seja modificada, deixando-a maior e ocupando mais espaço.

— Para adotar o cultivo protegido, existem algumas alternativas. O produtor pode usar um telado plástico anti-granizo para proteger a videira de eventuais chuvas de granizo que podem provocar até 100% de perda da cultura. Existe ainda a cobertura com plástico impermeável, o mesmo usado para cobrir estufas de flores e hortaliças. Nesse caso, o produtor protege a uva contra chuva, reduzindo o índice de doenças nas frutas — afirma o pesquisador.

A associação do sistema em y com o cultivo protegido, no caso da videira Niágara Rosada em São Paulo, tem promovido um aumento de produtividade na ordem de 100%, de acordo com Hernandes. Ele diz que o sistema favoreceu ainda a uma redução do uso de defensivos e da incidência de doenças na ordem de 60% a 70%, além da redução de mão-de-obra pela facilidade e possibilidade de mecanização de uma série de atividades que precisam ser desenvolvidas no vinhedo ao longo do ciclo da planta.

— A técnica é mais antiga nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O que fizemos foi trazê-la para São Paulo e adaptá-la para as nossas condições. Para as condições do Sudeste do Brasil, o mesmo feito em São Paulo se aplica muito bem. Para as demais regiões, seria necessário um ou outro detalhe de adaptação — diz o pesquisador.
 
Para ele, o principal cuidado demandado por esse tipo de cultivo é com o excesso de pulverizações. Isso porque, como a planta fica protegida, os defensivos não são lavados pela chuva nem degradados pelo sol. Portanto, se o agricultor fizer muitas aplicações, poderá ter resíduos na fruta no momento da colheita. Por isso, segundo ele, o controle fitossanitário deve ser diferenciado do cultivo convencional.

— Além disso, é preciso ter cuidado com ventos muito fortes que podem estragar o sistema, arrancando plásticos e aumentando o custo. Para isso, deve-se usar quebra-ventos — orienta.   
 
Hernandes conta que o custo de implantação desse sistema é alto em relação ao custo de implantação do cultivo tradicional. Ele afirma que o custo do sistema em espaldeira gira em torno de R$30 mil por hectare. No sistema de cultivo protegido em y, esse custo pode chegar a até R$70 mil.

— No entanto, em função do aumento de produtividade, da redução do uso de defensivos e mão-de-obra, os produtores que já adotaram esse sistema têm relatado que em duas ou três safras o custo de implantação se paga — explica.

Para mais informações, basta entrar em contato com o IAC através do número (19) 2137-0600.

Reportagem originalmente publicada em 12/08/2011

 

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
luiz paulo do nascimento
24/02/2012 20:36:36
b/noite, Dr. Hernandes, parabens pela sua entrevista que foi muito util, para pequeno iniciante na cultura da uva.
Gostaria de obter mais informaþoes sobre a implantaþao ou seja a medida dos mouroes e dos caibos para apoio dos ramos da uva. Desde ja agredeþo atenþao. aguardo retorno.
e.t. Eh possivel participar de um dia de campo para o manejo da uva?
luizp@correios.net.br

Para comentar
esta matéria
clique aqui
1 comentário
Integração reduz impactos ambientais
Além de emitir menos gás carbônico, lavouras, pastos e florestas integrados minimizam problemas com erosão e degradação do solo
Inseticida combate broca-da-erva-mate sem agredir ambiente
Bovemax, que deve chegar ao mercado este ano, utiliza apenas um óleo vegetal e um fungo que causa doença ao inseto da cultura
Pimenta bode: cheiro forte, frutos uniformes e ideal para conserva
Embrapa Hortaliças vai lançar pimenta em junho, mas sementes só chegam ao mercado para os produtores no ano que vem
Ração de galinhas poedeiras proporciona maior lucratividade na venda de ovos
Diminuição do nível de fósforo reduz custos da mistura
Dica: bê-a-bá da balança rodoviária
O emprego destes equipamentos reduz os custos operacionais e proporcionam agilidade. Para garantir pesagens seguras, no entanto, é importante estar munido de algumas informações.
O uso de maturadores na cultura do café
Alternativa de produto tem o objetivo de, com sua aplicação foliar, promover maior uniformidade da maturação e também a antecipação da colheita de 15 a 20 dias.
Produção de Híbridos na Piscicultura
Tecnologias como a indução hormonal e reprodução artificial, tornam a produção de peixes híbridos uma prática relativamente simples
A pecuária e os gases de efeito estufa
A qualidade da dieta do animal tem forte influência sobre a emissão de metano e é essa uma das principais linhas de pesquisa visando mitigar a emissão de GEE
A maior oferta de carne bovina no mundo depende de nós
Os números recentes da pecuária comprovam que a atividade responde rapidamente aos investimentos
O descaso das autoridades ocasionou prejuízos aos produtores de feijão
O que os produtores desejam são regras claras. Se não há recursos para cumprir as promessas, não as façam. Não induzam a pesados prejuízos os sofridos produtores brasileiros
Nova cultivar de feijão rende de quatro a cinco mil quilos por hectare
Indicada para produtores de PR e SP, a IPR Tuiuiú deve chegar ao mercado em 2011
Embrapa investe em tecnologias sustentáveis para combater doenças na lavoura
A expectativa é que dentro de dois anos novos produtos não tóxicos estejam disponíveis
Fitorreguladores equilibram desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta
Substância reguladora impede que algodoeiro cresça demais, reduzindo os custos de produção em 4%
Inseticidas usam bactérias para combater insetos nas plantações
Produto não agride o meio ambiente, é 100% eficaz e pode ser usado em diversos tipos de cultura

Conteúdos Relacionados à: Manejo
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada