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No mundo, em 2002. No Brasil, há cerca de três ou quatro anos. Iniciada em Belém do Pará, um dos pólos produtores do país, a reprodução in vitro de búfalos é, atualmente, a mais utilizada entre os criadores. A técnica atinge taxa de maturação de 80%, de clivagem de 50% e de formação de blastocisto de 20%, o que demonstra a modernidade da tecnologia, introduzida na bubalinocultura a partir de experiências com bovinos e como consequência da concentração desses animais em cultivo extensivo na região Amazônica.
Difundida nacionalmente, a bubalinocultura tem recebido maior atenção no que diz respeito ao manejo reprodutivo dos animais. De acordo com a professora Eunice Oba, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu, o uso da biotecnologia é extremamente importante para o melhoramento e seleção dos búfalos. Por isso, técnicas como a inseminação artificial ou a produção de embriões devem ser dominadas, já que viabilizam o aumento da produtividade de carne e leite.
— O mais importante para um criador iniciante, é fazer a seleção das matrizes. Depois, escolher o melhor touro. Deste cruzamento, tem que acompanhar o animal até a puberdade. Chegando à maturidade sexual, aos 350kg ou aos 2 anos de idade, dependendo dos critérios do próprio pecuarista, é importante observar a lactação das fêmeas, que tem duração de 270 dias, através do controle diário das búfalas com maior produção de leite. E, assim, vai se fazendo a seleção gradativamente — explica Eunice Oba.
A professora irá apresentar uma palestra sobre reprodução de búfalos durante o II Simpósio da Cadeia Produtiva de Bubalinocultura e 1st International Symposium of Buffalo Productive Chain, que será realizado entre os dias 7 e 9 de abril, em Botucatu (SP). O objetivo do evento é justamente oferecer alternativas para consolidar o sistema de criação de búfalos como fonte de produção de carne e leite no país. Por conta disso, Eunice destaca que a reprodução é um assunto de extrema importância para aumentar a potencialidade dos animais.
Segundo a pesquisadora, as fêmeas gestantes devem receber nutrientes adequados por conta do estresse gerado pelos períodos de parto e pós-parto. Além das búfalas, os exemplares voltados para corte tem que ser acompanhados desde o nascimento, com provas de ganho de peso. Os animais que superarem a média do restante do rebanho são os selecionados para os futuros cruzamentos. Para garantir o ganho de peso satisfatório, a alimentação dos búfalos varia de acordo com as regiões em que se localizam as criações. O importante, de acordo com Eunice Oba, é aproveitar a agricultura local com o menor custo possível.
— Tudo é importante quando falamos de manejo reprodutivo. Por exemplo, conseguimos lidar com todos os machos juntos até os quatro anos de idade, já que, após esse período, eles se tornam muito agressivos. Essa é uma técnica de manejo também que temos que conhecer. Existem pontos da produção de embriões de bubalinos que é igual a dos bovinos. Porém, há muitos fatores de interferência, pois as técnicas para bois e vacas já são dominadas, enquanto que, nas regiões onde se trabalha com búfalos, os resultados ainda são muito variáveis – pondera a professora da Unesp.
Para maiores informações, basta entrar em contato com a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp Botucatu pelo telefone (14) 3811-6249.
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