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Em movimento crescente no País, o cultivo de oliveiras é o alvo do projeto Oliva São Paulo. Política pública da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, a iniciativa nasceu da demanda dos agricultores locais em busca de técnicas que atendam as necessidades de adequação para o estabelecimento da cadeia produtiva local. A meta inicial é definir um pacote tecnológico para a cultura, desde a produção de mudas até o processamento final do óleo e conservação do azeite. De acordo com a pesquisadora Edna Bertoncini, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, em pouco tempo será disponibilizado um site com informações mais precisas sobre a atividade na página da APTA na internet.
Ainda em fase inicial do zoneamento climático, a pesquisa visa mapear as áreas propícias à implantação, levantando os dados de temperaturas mínimas, médias e altas no Estados durante um período de cinco anos. O plantio de cultivares disponíveis no mercado será liberado nas localidades indicadas. A longo prazo, a viabilidade dos olivais em condições mais tropicais ficará a cargo de um programa de melhoramento genético.
— Esse tipo de trabalho ainda não é forte nem em outros países, onde as oliveiras são naturalmente cultivadas. Aqui no Brasil, temos apenas adaptação de materiais importados, mas ainda há problemas de crescimento e florescimento. A ideia é melhorar essas variedades a partir dos bancos de germoplasma internacionais para produzir oliveira em temperaturas mais altas. Por enquanto não há recomendação técnica, no entanto temos observado desempenho positivo da arbequina, arbozana e coroneque em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Há ainda resultados promissores com a cultivar Maria da Fé, da Epamig, em Minas Gerais — explica.
Edna aponta desafios em relação à poda e nutrição da oliveira. Estudos acerca do manejo de nutrientes para controlar o vigoroso crescimento vegetativo das plantas integrarão as ações. Outra frente importante são as análises químicas e qualitativas do azeite importado e nacional, conduzidas pela equipe de profissionais do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL). Além disso, um curso de análise sensorial, realizado no ano passado com a presença de um pesquisador italiano, está programado novamente para 2010.
Hoje, aqui no Estado, temos em média 50 produtores localizados nessa região da serra da Mantiqueira. As apurações da qualidade do óleo e análise sensorial já estão sendo preparadas, porém resultados mais práticos ainda levarão tempo. Quanto ao manejo da cultura, há um programa em andamento com a instituição de extensão do Estado de São Paulo (CATI), especialmente no município de São Bento do Sapucaí — revela.
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