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Detectado no entorno do município mineiro de Maria da Fé, um ácaro artrópode responsável por prejuízos em olivais, na Europa, Argentina e Uruguai, está sendo observado mais de perto pela equipe da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). No entanto, o Brasil ainda não tem registros de danos provocados pela praga exótica, que normalmente destrói a epiderme das folhas, permitindo a introdução de microorganismos pelas aberturas e injetando uma toxina causadora de deformações nas plantas.
De acordo com o pesquisador Paulo Rebelles Reis, esse primeiro relato do predador no País se deve à intensificação dos estudos acerca do segmento. Segundo ele, avaliações comprovam a introdução do ácaro há bastante tempo, sem identificação de problemas relevantes para o cultivo de oliveiras. Com o interesse científico na atividade, muitos desafios devem ser apontados.
— A preocupação existe porque Maria da Fé é uma área com grande potencial de produção de azeitonas. Mas, pelo tempo que já está ocorrendo sem causar perdas, pode ser que não tenhamos problemas. Talvez essa resistência se deva às variedades utilizadas ou até mesmo às disparidades climáticas em relação aos lugares de origem. O fato é que, devido o tempo que se levou para dar importância comercial à cultura, foram cerca de 50 anos sem que ninguém notasse a presença do ácaro — revela.
Reis alerta que, por hora, não é necessário fazer aplicações de produtos ou mudar tratos culturais de manejo. Ainda assim, ele recomenda cuidados especiais na observação da presença de todo tipo de praga nos viveiros de mudas. Produto de técnicas de enxertia ou outro tipo de propagação, essas plantas precisam de um controle eficiente de sanidade para evitar contaminações no campo.
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