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A Embrapa Tabuleiros Costeiros está trabalhando em parceria com os produtores da região de Simão de Dias, no Sergipe, há dois anos. O modelo é de experimentação participativa, em que as pesquisas são orientadas através da percepção prática dos produtores para o que está ocorrendo na região. As tecnologias são desenvolvidas para suprir a necessidade específica de uma região, atendendo as particularidades daquela área. Na área de sanidade, o que mais preocupa os produtores de abóbora de Sergipe é a ocorrência da antracnose, uma doença fúngica, e que têm preocupado bastante os agricultores.
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A antracnose causa manchas às folhas e frutos inviabilizando a produção e comercialização da abóbora, o que causa um enorme prejuízo para os produtores que podem perder toda a plantação. Enquanto a Embrapa não desenvolve uma nova cultivar capaz de resistir à antracnose os produtores precisam tomar medidas profiláticas para evitar que o fungo chegue à plantação. Verificar se as sementes que estão sendo compradas são de qualidade é muito importante. É preciso pedir um certificado do vendedor ou, se a semente comprada for de um vizinho, verificar pessoalmente o estado da plantação. A mesma regra vale se a semente utilizada for aproveitada da própria fazenda, através da produção própria de sementes. Quando o produtor for escolher que semente reutilizar ele precisa verificar as condições da planta.
— Nós temos outras doenças também que podem vir a se tornar importantes para a região que é o cristamento gomoso do caule, causada por um fungo também, a mancha angular, causada por uma bactéria, e algumas doenças causadas por vírus que são importantes. Tem também o míldio e oídio, que são doenças causadas por fungos. O produtor deve estar sempre monitorando a sua área de cultivo para ficar atento ao surgimento destas doenças e poder tomar as medidas de cautela para controlar a doença — explica a pesquisadora Viviane Talamini, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, que foi uma das palestranets do Dia de Campo de Abóbora promovido na região de Simão dias, dia 20 de junho.
Outra medida de controle preventivo eficiente é a adoção da rotação de culturas. Dependendo do tipo e da gravidade da doença o produtor deve ficar sem plantar abóbora durante, pelo menos, dois anos para evitar que o patógeno se desenvolva na lavoura e volte a atacar as plantas e frutos. Se as doenças já estiverem instaladas na plantação a solução é aplicar um fungicida, mas o produtor deve procurar um engenheiro agrônomo da região, que esteja acostumado com a plantação local, para que ele indique qual fungicida é o mais indicado para aquela situação específica.
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