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Agroenergia  
Mandioca açucarada para produção de etanol
Raiz permite agilidade no processo de conversão em álcool, uma vez que pula uma etapa durante a fermentação, reduzindo o custo energético em 40%
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Da Redação
22/07/2013

O projeto “Rede de Melhoramento e Manejo Fitotécnico de Mandioca Açucarada para a Produção de Álcool Combustível na Região Norte da Amazônia” realizado Embrapa Roraima, em parceria com Embrapa Amazônia Ocidental e Amazônia Oriental, Embrapa Amapá e Embrapa Roraima,traz a possibilidade de utilizar variedades de mandioca com alto teor de açúcar, inadequadas para produção de farinha, mas úteis na produção de etanol . Os resultados do primeiro ano do projeto sobre a mandioca açucarada, conhecida também como mandiocaba, ainda estão sendo discutidos, mas já é possível saber que ela seria capaz de reduzir o custo energético em 40%, uma vez que na etapa da fermentação não é necessário o processo de hidrólise do amido por meio de enzimas.

— O objetivo da pesquisa é saber até quanto é possível produzir etanol utilizando uma tonelada de mandioca, já que seu teor de açúcar é considerado alto, entre 6 e 8 — afirma Miguel Dias, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental.

Segundo ele, a mandiocaba apresenta uma raiz capaz de ficar bastante inchada, adocicada, contém bastante água, pouco amido e seu teor de glicose é mais alto. O pesquisador informa que a mandioca açucarada é rejeitada pela maioria dos agricultores na produção de farinha, mas é utilizada para mingau e um tipo de melaço.

De acordo com o projeto, a composição de açúcares da mandiocaba permite uma agilidade no processo de conversão em álcool, uma vez que na etapa da fermentação não é necessário o processo de hidrólise do amido por meio de enzimas, o que reduz o custo energético em 40%.

Mandiocaba é adocicada, contém bastante água, pouco amido e alto teor de glicose

— No momento em que está sendo moída, a mandioca é capaz de eliminar uma das fases em relação à cana-de-açúcar. Já tínhamos algumas variedades e agora estamos realizando coletas onde sabemos que podemos encontrar outras, como aqui mesmo no Amazonas, Pará e Amapá. Estamos utilizando essas variedades em campo, fazendo sua multiplicação e depois as colocaremos para competir e veremos como vão se comportar — explica o pesquisador.

A pesquisa trabalha com a possibilidade de uso da mandiocaba como alternativa para a produção de álcool na região norte, já que a principal matéria-prima para a produção do álcool combustível no Brasil tem sido a cana-de-açúcar, que tem restrições para cultivo na Amazônia, por impedimento do zoneamento agroecológico.

— A pesquisa ainda está iniciando. A Embrapa Amazônia Ocidental trabalha com a parte agronômica, visando obter índices sobre produção, tamanho de raiz, pragas e doenças.  Já a Embrapa Amazônia Oriental, conta com um laboratório piloto — conta Dias.

Durante três anos de projeto, já iniciado em 2011, a equipe de pesquisadores buscará identificar os genes constituintes dessas plantas e sua variabilidade genética, utilizando marcadores microssatélites, ferramentas da biologia avançada. Outro objetivo é avaliar as características de síntese e acúmulo de açúcares e amidos dos acessos de mandioca açucarada. O objetivo final é recomendar os melhores materiais e aumentar a produtividade e o rendimento industrial da cultura.

Reportagem exclusiva originalmente publicada em 23/05/2012

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silva
27/07/2013 19:35:38
parabens a embrapa já se passaram tres anos e os resultados estao muito devagar .

Henrique de Sousa Carvalho
02/10/2020 09:07:23
Bom dia
Gostaria de conhecer os resultados do trablho

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2 comentários
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