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Comprometida com a seleção de organismos eficientes no combate aos fitopatógenos, a área de controle biológico da Embrapa Meio Ambiente está desenvolvendo tecnologias sustentáveis para enfrentar o ataque das moléstias nas lavouras. Por meio de parcerias com empresas privadas, a previsão é que dentro de dois anos, produtos devidamente registrados já estejam liberados para uso agrícola. Pesquisador e chefe de comunicação e negócios da unidade, Marcelo Augusto Boechat Morandi, diz que os testes de campo têm ocorrido não somente em propriedades orgânicas, como também em grandes plantios comerciais de soja e feijão.
As alternativas não tóxicas ou de baixa toxidade substituem em grande parte os agrotóxicos, evitando a contaminação do solo, da água e da mão de obra atuante no processo. Além de apresentarem menores custos de manejo, os defensivos têm demonstrado aptidão para controlar até mesmo os patógenos que vivem no solo.
— Em geral, comparadas aos similares são tecnologias mais baratas. E com relação às colheitas com alto valor agregado, é possível ainda conseguir maiores preços de comercialização. Itens cultivados sem agredir o meio ambiente podem ser certificados com alguns selos orgânicos que garantem um diferencial no valor do produto final — explica ele.
A incorporação da técnica no mercado brasileiro está aumentando e as pesquisas se concentram em abreviar principalmente os ataques às raízes vegetais. Segundo Morandi, o interesse por parte dos produtores rurais se multiplica, atingindo os agricultores tradicionais que mantêm suas práticas produtivas mas já aderiram às preocupações com a preservação dos recursos naturais.Com o objetivo de disseminar a forma correta de manejo e promover a qualidade final na lavoura, a unidade da Embrapa também tem investido em treinamentos voltados para empresas, técnicos e profissionais ligados à extensão rural.
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