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Margareth Santos
25/01/2010
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Detectar áreas mais suscetíveis e prever o potencial erosivo na região da Bacia do Rio Paranaíba (PN1). Esse foi o objetivo do projeto desenvolvido ao longo de dois anos pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), sob a coordenação de Eliane Maria Vieira, em parceria com a Embrapa, a Universidade Federal de Viçosa e Universidade Federal de Lavras. Foram usados dados de clima, tipo de solo, declividade e manejo, em dois cenários diferentes: um com as práticas conservacionais e outro não-conservacionista.
— O estudo simula o potencial de erosão para o primeiro cenário antes que o evento ocorra de forma intensa, a fim de evitá-lo, minimizando os seus efeitos por meios dessas práticas. Uma das vantagens do processo é impedir que a camada superficial do solo seja reduzida, diminuindo a quantidade de adubação, fertilizantes e insumos agrícolas — comenta.
De acordo com a pesquisadora, uma prática isolada não vai resolver o problema, o que se deve trabalhar é a associação de práticas, onde cada uma é direcionada para a necessidade específica local. Por exemplo, é possível usar em lugares mais inclinados a cultura em nível ou terraceamento, dependendo da área, tipo de solo, declividade do terreno, formação. Ou seja, cada caso deve ser estudado particularmente. São medidas de baixo custo que podem amenizar os impactos ambientais.
— Em praticamente todos os municípios da Bacia, o que se observou foi uma grande diferença no processo erosivo da área quando não se aplicam as práticas conservacionistas. Quando não se utilizam as práticas no solo, a erosão laminar, que retira a camada superficial tendo a chuva como agente carreador, remove matéria orgânica, nutrientes essenciais às culturas, fertilizantes e agrotóxicos. Além de retirar do local da plantação, esses sedimentos são depositados num lugar mais baixo, como rios e lagos, contribuindo para as enchetes e deteriorando a qualidade da água — afirma.
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