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Devido à concentração de metais no lodo de esgoto presente no solo, a pesquisa “Contaminação pelo metal zinco em latossolo e chernossolo tratado com biossólido” tem por objetivo verificar a eficácia dos resíduos sólidos em áreas degradadas. A tecnologia verifica se o excesso de zinco traz problemas de contaminação para o solo e os lençóis freáticos, o que causa prejuízo à agricultura.
A orientadora do projeto, professora Helena Polivanov, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que os experimentos tiveram início com a coleta de amostras de solo e de lodo de esgoto. Foram feitas as caracterizações físicas, químicas e mineralógicas e, depois, o ensaio de coluna, com a observação de como se dá o transporte de zinco no solo. A lixiviação também foi determinante para os estudos, com a diferenciação entre o latossolo e o chernossolo. No primeiro tipo, os minerais não retêm os metais, ao contrário do segundo.
Entre as características estudadas do lodo de esgoto, estão a massa específica, o pH, a presença de carbono orgânico e a fertilidade do material. A avaliação mineralógica foi realizada por difração de raio x, determinando os tipos de minerais existentes na terra. Assim, o ensaio de coluna possibilitou a aplicação do lodo nos dois tipos de solo, percebendo como o zinco se locomove.
Como resultado, a professora cita que parte da porção de zinco ficou retida no solo e parte foi transportada para a água em torno. Porém, devido à alta concentração do elemento, tanto o solo quanto a água foram contaminados, o que é proibido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
— Se houvesse qualquer plantio nessas áreas, poderia contaminar as plantas, já que o material estaria disponível para ser assimilado pela vegetação. Não estamos dizendo que este é um método que não deva ser aplicado, mas é preciso conhecer o solo, saber como é a hidrogeologia do local para saber se vai trazer algum prejuízo para a agricultura — adverte Helena.
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