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Kamila Pitombeira
01/03/2011
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Em uma região onde predomina o gado zebu, mais resistente que os animais europeus, o produtor já pode incluir em seu rebanho animais da raça holandesa, que garantem produtividade maior. Na dissertação “Efeito do ambiente térmico nas respostas fisiológicas, produtivas, características do pelame e no comportamento de vacas Holandesas puras por cruza no norte de Minas Gerais", realizada pelo Mestrado em Ciências Agrárias do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (ICA UFMG), a zootecnista Bárbara Cardoso da Mata e Silva apresentou dados que comprovam a adaptação da raça.
– Foram usadas doze vacas holandesas, predominantemente negras. Analisamos temperatura corporal, frequência respiratória e temperatura da superfície do terreno. As características observadas foram textura, comprimento e densidade do pelame. Já outro parâmetro analisado foi a atividade comportamental desses animais, como tempo de ruminação, ócio e tempo que permaneciam mais na sombra e no sol – explica.
De acordo com a zootecnista, o estudo foi realizado em duas fases do ano: na época entre julho e agosto, durante temperaturas mais amenas, e entre outubro e novembro, períodos de temperaturas mais elevadas. Segundo Bárbara, o resultado não apresentou influência do ambiente térmico nas vacas.
– A temperatura na superfície do pelame e a freqüência respiratória foram consideradas normais. As características de pelame também foram adequadas para que os animais pudessem dissipar o calor. Também não houve diferença na atividade comportamental dessas vacas. Portanto, o que ficou concluído foi que os animais da raça holandesa são adaptados à região – diz.
Para Bárbara, ainda são necessários cuidados em relação ao calor, mesmo com a fácil adaptação dos animais. Ela afirma que os produtores devem ter a preocupação de proporcionar locais de sombra para as vacas.
– No período da tarde e em épocas onde ocorrem maiores incidências de radiação solar, eles devem buscar maneiras de melhorar as condições desses animais, pois é um período de temperaturas mais altas. Outra medida é distribuir o alimento em horários nos quais as temperaturas são mais amenas porque, com o aumento da temperatura ambiente, o animal ingere menos, o que diminui a produtividade – afirma a zootecnista.
Para mais informações sobre a adaptação das vacas holandesas no norte de Minas Gerais, basta entrar em contato com o ICA UFMG (38) 2101-7730.
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