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Instituto Mato-grossense do Algodão
23/06/2016
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O Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) acaba de publicar o terceiro número do Boletim de P&D. Intitulada “Nematoides fitoparasitas do algodoeiro nos cerrados brasileiros: Biologia e medidas de controle”, a obra reúne textos de alguns dos maiores especialistas do Brasil e dos Estados Unidos com o objetivo de ajudar produtores, gerentes e técnicos de fazendas, assim como pesquisadores e estudantes, a compreenderem melhor o tema, considerado dos mais complexos.
O Cerrado do Brasil Central enfrenta sérios problemas com as espécies Meloidogyne incognita e Rotylenchulus reniformis de nematoides, cujo crescimento populacional registra drástico aumento em razão do sistema de monocultura adotado em Mato Grosso e outros estados, segundo Jean Louis Belot e Rafael Galbieri, pesquisadores do IMAmt e editores técnicos do Boletim de P&D número 3. Essa situação, de acordo com eles, é semelhante à que afetou há alguns anos antigas áreas algodoeiras do sul do Brasil, São Paulo e Paraná, "onde populações de M. incognita inicialmente presentes nos cafeeiros dessas regiões começaram a dizimar as lavouras de algodão".
Os fitonematoides são vermes do solo que precisam de água e plantas hospedeiras para seu desenvolvimento. Atualmente esses parasitas são um dos maiores problemas fitossanitários do algodoeiro, por ocasionarem significativas perdas de produção e pelo fato de seu controle demandar custos exorbitantes, causando à produção agrícola internacional perdas anuais estimadas entre US$ 100 bilhões e US$ 157 bilhões (Singh et al., 2013). Na avaliação de Galbieri e Belot, a situação em Mato Grosso é preocupante, considerando “o sistema de duplo cultivo (soja seguida de algodão ou milho de 2ª safra) e a necessidade de intensificar a produção agrícola nas propriedades”.
Para orientar produtores e técnicos de fazenda em relação ao manejo, controle biológico e químico dos nematoides, o livro reúne ao longo de nove capítulos contribuições dos maiores especialistas no assunto. Publicado com apoio financeiro do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), o livro traz informações sobre como o solo e o sistema de produção soja-algodoeiro influenciam na ocorrência de nematoides, resistência e melhoramento genético no algodoeiro, controle químico, controle biológico, manejo cultural de nematoides, e a relação entre a agricultura de precisão e os nematoides.
Além de Belot e Galbieri, o Boletim de P&D conta com a participação de mais dois pesquisadores do IMAmt: Alberto Souza Boldt e Leonardo Bitencourt Scoz. A publicação inclui entre os autores pesquisadores de outras instituições como Embrapa (Guilherme L. Asmus, Carlos Manoel P. Vaz, João Flávio Veloso Silva, Silvio Crestana, Eduardo da Silva Matos, Ciro Augusto de Souza Magalhães, Fernando Mendes Lamas, Nelson Dias Suassuna e Marc Giband – do Cirad/Embrapa); Unesp (Pedro Luiz Martins Soares, Elder Simões de Paula Batista e Jaime Maia dos Santos); Esalq/USP (Mário Massayuki Inomoto); Fatec (Carlos Eduardo de Mendonça Otoboni), Iapar (Andressa Cristina Zamboni Machado) e Ballagro (Lécio Kaneko e Zayame Vegette Pinto).
Richard F. Davis e Salliana R.Stetina, pesquisadores do USDA-ARS (Serviço de Pesquisa em Agricultura do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos na sigla em inglês), assinam o capítulo sobre resistência e tolerância aos nematoides no algodoeiro (versão em inglês e português).
Baixe aqui a versão completa do Boletim de P&D do IMAmt
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