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Segundo a gerente técnica do Laboratório de Nematologia da Aprosmat, Tânia Silveira, a escolha da estratégia de manejo para controlar a população de nematoides vai depender primeiramente de uma correta amostragem do solo e raízes, para determinar quais nematoides (espécie e raças) presentes na área e os níveis populacionais destes parasitas. “A Aprosmat preocupada com a disseminação e desenvolvimento deste patógeno que tantos prejuízos causam ao produtor, desenvolveu e está distribuindo de forma gratuita o manual para orientação de como proceder a coleta com maior precisão possível. Para isso a amostragem é de fundamental importância para o diagnóstico correto”, revelou Tânia.
A Associação disponibiliza o manual na versão impressa aos produtores rurais para conhecer as formas corretas e adequadas de como proceder as coletas de solo e raízes para que estas sejam corretamente coletadas, acondicionadas e transportadas para o Laboratório de Nematologia da Aprosmat, para que os técnicos possam ter condições de proceder as análises e testes de forma correta e com os materiais coletados em bom estado de conservação permitindo uma análise mais precisa e detalhada.
Os nematoides são organismos que podem ser encontrados em diferentes habitats, como oceanos, rios, lagos, e em todo tipo de solo. A maioria é de vida livre e alimentam-se de micro-organismos, têm-se aqueles que se alimentam de plantas superiores, que são chamados de fitonematoides e parasitam diferentes partes das plantas como raízes, tubérculos, rizomas, bulbos, caules, folhas, flores e sementes. Os nematoides parasitas de plantas movem-se aleatoriamente no solo até receberem um estimulo químico atrativo, e quando ocorre o mesmo movimenta-se em direção a fonte de estimulo.
Na agricultura há vários gêneros de nematoides relacionados, entre eles Meloidogyne spp, Heterodera glycines, Pratylenchus spp, Rotylenchulus reniformes, Scutolonema brachyurus e Tubixaba tuxaua. A magnitude dos danos que os nematoides causam nas plantas é bastante variável. Algumas são altamente suscetíveis a determinado nematoide e outras podem tolerar populações altas sem sofrer danos expressivos. Os sintomas apresentados pelas plantas podem ser variados, dependendo do hospedeiro e da espécie em questão. Esse parasitismo pode ser evidenciado tanto nas raízes como na parte aérea das plantas cultivadas.
A principal forma de disseminação destes organismos dá-se pelo transporte de solo ou de material contaminado, ou seja, através de água de irrigação, ventos fortes, mudas produzidas em substratos ou solos infectados, transito de máquinas e implementos agrícolas e movimentos de animais e pessoas na área.
O problema com nematoides no Mato Grosso tem aumentado nos últimos anos. A preocupação com os nematoides de galha (Meloidogyne spp), de cisto da soja (Heterodera glycines) e das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus) está cada vez maior, pois todos estão causando grandes perdas em áreas de produção e o manejo tem sido mais complicado devido ter associação de mais de uma espécie nos mesmos talhões.
A criação, projeto e design gráfico foi elaborado pela agencia de comunicação Amarelolaranja. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (66) 3427-2400.
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