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Até pouco tempo atrás o nematoide não era uma doença que chamasse a atenção dos produtores de banana do Estado do Paraná. A baixa produtividade das lavouras sempre foi atribuída à falta de fertilidade do solo e a doenças como a sigatoka. No entanto, as análises confirmam que o nematoide é a principal causa da baixa produtividade dos bananais paranaenses.

 

O Instituto Emater do litoral, em parceria com a Universidade Estadual de Maringá (UEM) e algumas empresas de insumos, está pesquisando uma forma de controlar os nematoides.

 

No litoral o cultivo de banana é bastante representativo e ocupa 4.085 ha e 683 produtores em cinco municípios da região. Guaratuba é o maior produtor da fruta no estado. Por isso mesmo a pesquisa sobre o controle do nematoide é tão importante. Os técnicos do Instituto Emater estão conduzindo os experimentos. A UEM, campus de Umuarama, será responsável pelas análises de laboratório. As empresas de insumos vão doar produtos para serem testados no controle do nematoide.

 

Foram instalados dois experimentos, com sete tipos de tratamentos, todos produtos biológicos, porque o litoral está localizado numa área de proteção ambiental e também em virtude de os frutos serem colhidos durante todo o ano. Num dos experimentos foi escolhida uma área cultivada com banana caturra, com um ano de plantio. No outro, o cultivo é de banana prata, com aproximadamente oito anos. A cada três meses estão sendo feitas as coletas de amostras de solo e de raízes.

 

Os técnicos vão observar a quantidade de nematoides em cada amostra por um período de 15 meses. Na análise da primeira amostragem os resultados se mostraram preocupantes. Em uma das amostras foram encontrados 29.670 nematóides para cada 50 gramas de raízes. Estão à frente deste trabalho os extensionistas Amilcar Santos e Paulo Roberto da Rocha, de Guaratuba; Sebastião Bellettini, de Paranaguá, além da professora Claudia Dias Arieira, do campus da UEM de Umuarama.

 

Os principais problemas causados pelos nematóides são a baixa absorção de nutrientes, a redução do tamanho do cacho, o amarelecimento da planta, a secagem prematura das folhas, o pouco perfilhamento que causa a baixa produtividade, o caimento de plantas com o vento e a entrada de fungos e bactérias pelos ferimentos, o que facilita a ocorrência de doenças e o apodrecimento das raízes das plantas. Os produtores estão esperançosos com o trabalho que está sendo desenvolvido e, no final da pesquisa, esperam ter uma orientação mais adequada dos técnicos para manter o nematoide sob controle. Participam da pesquisa, como apoiadores, a Ballagro Agro Técnica Ltda, Simbiose Indústria e Comercio de Fertilizantes e Insumos, Korin Agropecuária Ltda.