O correto manejo da ordenha é a principal medida de controle da mastite. Além de promover um bom estímulo da ejeção do leite, uma ordenha completa diminui a quantidade do leite residual, diminuindo o risco de lesão aos tetos das vacas. Com um manejo adequado, o tempo de ordenha é diminuído e a produção aumentada, pois um maior conforto é oferecido aos animais quando bem manejados. O manejo da ordenha é uma das estratégias mais importantes para garantir a qualidade do leite produzido na propriedade.
A sanitização deve ser realizada trinta minutos antes da ordenha, para a eliminação das bactérias presentes nos equipamentos, durante 5 minutos numa circulação de 35 a 40°C.
Quando os animais se encontrarem nos locais da ordenha deve-se notar se os tetos estão muito sujos, e lavá-los se necessário. Deve-se tomar o cuidado de lavar somente os tetos, e não o úbere, pois a água suja que se encontrar no úbere pode escorrer contaminando os tetos e consequentemente, o leite. Em seguida, faz-se o teste da caneca de fundo preto, para a detecção de mastites clínicas, em todas as vacas e em todas as ordenhas. O pré-dipping é realizado logo após o teste da caneca e tem como objetivo a prevenção de mastite ambiental, consistindo na imersão dos tetos em solução desinfetante. As mais comuns são o iodo (0,3%), solução de clorexidine (0,2 a 0,5%), ou cloro (0,2%). Depois da ação do desinfetante por durante 30 segundos, secar o teto com papel toalha. É importante lembrar que cada papel toalha deve ser usado uma única vez em cada teto.
Ao iniciar a ordenha, as teteiras devem ser aplicadas de forma a entrar a menor quantidade de ar possível, evitando vazamento de vácuo. Ao término da ordenha, evite retirar as teteiras antes de esvaziar o úbere para evitar sobre-ordenha. É importante fechar o vácuo na retirada das teteiras para evitar danos ao úbere e ao esfíncter. O pós-dipping é uma prática realizada logo após a ordenha. É realizado com a imersão dos tetos em solução desinfetante glicerinada, e tem como finalidade a proteção dos tetos contra microorganismos. É Importante que o teto seja imerso na solução por completo, e não apenas sua ponta. As soluções mais comumente utilizadas são o iodo (0,5 a 1,0%), de clorexidine (0,5 a 1,0%) ou de cloro (0,3 a 0,5%).
Imediatamente após a ordenha, deve-se realizar a limpeza das instalações e dos equipamentos. Primeiro, realiza-se um pré-enxágue com água a temperatura de 35 a 40°C para a retirada da carga orgânica bruta. Em seguida, utiliza-se um detergente alcalino clorado, durante 10 minutos com temperatura inicial de 70°C e final de 50°C, removendo gorduras, proteínas e minerais. Nos próximos 5 a 10 minutos é realizado um enxágue, com limpeza ácida de 2 a 3 vezes por semana, removendo os resíduos do cloro do detergente, protegendo as borrachas, as quais devem ser trocadas periodicamente, de acordo com as especificações do fabricante.
A adoção de medidas de um correto manejo de ordenha por todos que estão envolvidos na bovinocultura leiteira, são práticas importantes para a melhoria na qualidade do leite, trazendo benefícios para o produtor se feita adequadamente, como o aumento da produção e redução de doenças, como mastites clínicas e subclínicas.
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