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Kamila Pitombeira
01/08/2011
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Para alcançar uma boa produtividade na cultura do feijão, o produtor rural deve pensar em um conjunto de medidas que, aliadas uma à outra, promovem o crescimento ideal da planta e características desejáveis para se alcançar bons resultados. O manejo ambiental e fisiológico para alcançar uma produtividade média de 80 sacas de feijão é um dos temas abordados no 2º GVS Irriga, no dia 6 de agosto, no GVS Centro de Pesquisa e Tecnologia Agrícola.
Segundo Diogo Luís da Roza, engenheiro agrônomo e pesquisador o GVS Centro de Pesquisa e Tecnologia Agrícola, o feijão é uma planta que possui duas fases muitos distintas. Uma delas é a fase vegetativa, que vai desde a emergência até os botões florais. Posteriormente, vem a fase reprodutiva, desde o surgimento dos botões florais até o momento da colheita.
— A temperatura ideal para a cultura do feijão é de 21°C a 29°C. Além disso, a cultura não tolera estresses hídricos. A partir da fase de emergência do feijão, temperaturas abaixo de 15ºC e uma umidade adequada, por exemplo, podem favorecer o aumento da taxa de fungos no solo, sobretudo dos gêneros fusarium e rhizoctonia. Caso a condição seja favorável, deve-se tomar medidas que promovam o rápido estabelecimento da cultura, como um plantio mais uniforme, a preferência por sementes livres de patógenos com uniformidade de tamanho e uma profundidade ideal — afirma o engenheiro.
Ele explica que o tratamento de sementes, por exemplo, deve ser escolhido de acordo com o histórico de doenças e pragas que podem haver no solo. No entanto, proporcionar um bom estande é apenas uma etapa do processo.
— A produtividade é fruto de vários cuidados. Outro aspecto interessante a ser observado é inerente ao crescimento vegetativo excessivo que pode ocorrer no feijão, sobretudo em solos com elevada matéria orgânica e grande disponibilidade de nitrogênio. Isso faz com que o feijão alongue seu ciclo vegetativo, aumentando a taxa de retenção foliar e acarretando perdas na produtividade — explica.
Para isso, Roza diz que o produtor pode-se lançar mão de alguns produtos, como reguladores de crescimento e alguns fungicidas que proporcionam uma redução nesse crescimento vegetativo e o equilíbrio entre o crescimento da parte aérea e o sistema radicular.
— Também nessa fase inicial, é interessante a utilização de produtos que possam induzir de alguma forma a resistência natural das plantas, como os fosfitos e algumas estrobilurinas. Nessa etapa, também é recomendada a utilização de alguns produtos a base de fósforo, como o map purificado — orienta ele.
O engenheiro agrônomo conta que a planta do feijão produz uma quantidade muito maior de flores do que consegue suportar. Portanto, a queda de flores pode variar de 40% a 75%, de acordo com as condições climáticas. Nesse caso, o produtor deve proporcionar condições para o feijão reter a maior quantidade de flores possível, além de cuidados com pragas que causam ataques direto nas flores, como as vaquinhas.
— Portanto, quando se fala em produtividade do feijão, não podemos pensar em medidas isoladas, mas sim em todo um processo que vai desde a cultura anterior até todos os processos mencionados — afirma ele.
Para mais informações, basta entrar em contato com o evento através do número (61) 3601-3070.
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