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A agricultura brasileira, nestes últimos anos, está em processo de franca expansão, passando de 80 milhões de toneladas de grãos produzidas na década passada, para mais de 120 milhões de toneladas, obtidas em 2009. O mérito deste crescimento deve-se, especialmente, aos produtores, que têm investido fortemente em novas tecnologias de produção, buscando soluções para os seus problemas.
As máquinas agrícolas têm uma grande parcela de contribuição na obtenção destes resultados, pois a tecnologia que está sendo agregada aos equipamentos, pela indústria, tem proporcionado melhorias significativas no desempenho e performance das mesmas.
A utilização das máquinas em uma propriedade tem por objetivo a realização de tarefas de uma forma rápida e eficiente, dentro de um período pré-estabelecido, de acordo com as exigências das diferentes culturas, nas diferentes regiões agrícolas do país.
Sabe-se que a operação de plantio de qualquer cultura constitui-se em um dos principais fatores para o sucesso no estabelecimento de uma lavoura, portanto deve-se dar à semeadora a verdadeira importância que ela representa dentro do processo produtivo. Uma boa semeadora possibilita o estabelecimento rápido e uniforme da população de plantas desejada, para isto, a mesma deve colocar a semente no lugar certo e na quantidade certa, além de formar um ambiente que proporcione condições adequadas ao processo de germinação. No entanto, para fazer bom uso das semeadoras, certos cuidados são essenciais, principalmente em se tratando da correta manutenção e conservação da máquina. Fatores estes, que são imprescindíveis para o bom rendimento da máquina e que podem determinar o sucesso ou o fracasso da lavoura.
No Brasil, as distintas condições de clima e solo, possibilitam a semeadura de grãos, praticamente, durante todo o ano. Porém, nesta época, se aproxima a semeadura das culturas de inverno, que inicia no mês de abril e segue até meados de julho, em regiões mais frias. Pode-se dizer que uma semeadora utilizada para a semeadura destas culturas trabalha aproximadamente 30 dias por ano. Neste período, cada dia deve ser aproveitado ao máximo para permitir que a cultura seja implantada dentro da época recomendada para a obtenção dos melhores rendimentos. Portanto, é importante que a máquina esteja em plenas condições de trabalho.
Neste contexto, é de extrema importância que na administração do parque de máquinas da propriedade esteja bem definido o programa de manutenção do maquinário. No caso específico das semeadoras, que possuem uso sazonal, ou seja, após terminado o período de plantio a máquina passa por um longo período sem atividade, há tempo suficiente para a execução da manutenção preventiva que poderá ser realizada em dois diferentes períodos: logo após a semeadura e/ou na pré-semeadura da nova cultura.
É importante, em um programa de manutenção, evitar que a semeadora seja lembrada somente alguns dias antes do período de semeadura recomendado para as diferentes culturas, evitando a corrida contra o tempo, que obriga a fazer uma revisão às pressas, geralmente, com custos maiores e qualidade menor. Isto, muitas vezes, origina uma “torcida” para que a chuva não venha, pois a máquina ainda não está pronta para trabalhar.
Entende-se por manutenção as ações necessárias para a conservação ou restauração de determinados componentes. A chamada ‘manutenção preventiva’ visa manter a máquina sempre em condições ideais de utilização, minimizando a manutenção corretiva, a fim de que a mesma execute adequadamente suas tarefas. Obviamente, quando a máquina estiver em operação, poderão ocorrer problemas devido ao mau uso, acidentes, desgastes ou defeitos de fabricação. A ocorrência destes fatos exigirá, então, a realização da manutenção corretiva.
Um dos principais objetivos da manutenção preventiva é evitar o acúmulo de pequenos defeitos ou problemas que podem levar a uma maior danificação da máquina, com a conseqüente perda de tempo e aumento dos custos para efetuar os reparos.
As semeadoras, em especial, necessitam de cuidados únicos, visto que seus principais mecanismos (sulcadores, limitadores de profundidade, compactadores) trabalham sempre em contato direto com o solo sendo bastante exigidos, pois, normalmente, as condições são adversas.
O bom desempenho de uma semeadora é obtido logo após o seu uso, através da realização da manutenção pós-plantio. Para tanto, recomenda-se que, após o término das atividades de semeadura, sejam realizadas as seguintes tarefas:
- a máquina deve ser lavada com água quente e sabão neutro para a remoção de todos os resíduos, principalmente de fertilizante, que é o grande ‘vilão’ da corrosão;
- os mangotes e demais componentes de borracha devem ser retirados da máquina, limpos, e armazenados em local seco, protegido da luz solar e bem ventilado;
- as correntes devem ser retiradas e lavadas com querosene ou óleo diesel, após deixa-las em imersão em óleo lubrificante durante 2 dias e, posteriormente, pendurá-las em local isento de pó;
- limpar os reservatórios de sementes para retirar os resíduos dos produtos utilizados no tratamento das sementes e/ou inoculação. Desmontar os distribuidores de sementes e limpá-los;
- liberar a pressão de todas as molas existentes na máquina, deixando-as soltas, até o próximo plantio. Isto evita que as molas fiquem “cansadas”;
- lubrificar toda a máquina;
- desmontar sulcadores, limitadores de profundidade e compactadores para verificar o estado dos rolamentos e retentores. Ajustar possíveis folgas;
- inspecionar a semeadora: analisar se há peças desgastadas ou quebradas;
- atenção especial na limpeza de todo o sistema e componentes responsáveis pela distribuição de fertilizante;
- ao final, pode-se pulverizar a máquina com óleo, para garantir uma maior proteção;
- armazenar em local seguro e, de preferência, coberto;
- armazenar a máquina, sobre os pés de apoio e com os calços nos cilindros hidráulicos;
Nesta fase é muito importante o papel do operador, pois ele tem conhecimento do comportamento da máquina durante o trabalho e dos eventos ocorridos durante a utilização da mesma, fatos que de
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