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Clenio Araujo, Embrapa Milho e Sorgo
13/03/2013
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Resolver questões tecnológicas ligadas à mecanização na cultura do sorgo, tanto na hora do plantio como na colheita. É com esta intenção que a Embrapa Milho e Sorgo vem trabalhando com empresas que fabricam máquinas agrícolas. Têm sido feitos testes em campo e os primeiros resultados começam a aparecer. Resolvidos os gargalos tecnológicos em relação ao plantio direto e à colheita mecânica, a expectativa é de que o sorgo sacarino possa realmente se expandir no país e se firmar como complemento à cultura da cana-de-açúcar na produção de etanol.
De acordo com Evandro Chartuni Mantovani, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo na área de mecanização agrícola, “algumas alternativas e oportunidades estão sendo avaliadas em parceria com a indústria para a mecanização do sorgo sacarino na produção de bioetanol 1G e bioenergia”.
Testes buscam desenvolver equipamentos mais adequados ao sorgo sacarino
Em relação ao plantio direto, o desafio é o corte da palhada da cana para o posterior plantio do sorgo sacarino utilizando-se o equipamento tradicional de plantio de grãos. Para tentar solucionar a questão, “uma semeadora adubadora foi toda adaptada e uma nova máquina foi desenvolvida pela Marchesan com o nome COP CA com bons resultados de campo, inicialmente para a cultura da soja e, agora, em testes para sorgo sacarino”, explica Evandro.
Já sobre a questão da colheita mecânica, como não existem, no Brasil, máquinas específicas para o sorgo sacarino, algumas opções usadas em outras culturas precisam ser testadas. Para isso, adequações são necessárias, o que costuma trazer alguns problemas, como perda de material no campo.
Equipamentos usados nas colheitas de cana-de-açúcar e de milho para silagem estão passando por testes. Segundo o pesquisador da Embrapa, “no momento, duas empresas, a John Deere e a New Holland, estão em contato com a Embrapa Milho e Sorgo e com interesse de realizar parcerias para adequação dos seus equipamentos de colheita de silagem”. Os trabalhos dessas empresas mostraram que a máquina para colheita de forragem é a mais indicada para o sorgo sacarino e apresenta custo operacional mais vantajoso.
Na visão de Evandro, o plantio direto do sorgo sacarino na palhada da cana já não é mais um problema, por conta do lançamento feito pela Marchesan. Ele destaca também a parceria com a New Holland para testes com uma máquina colhedora de milho para forragem, mas que pode ser adaptada à colheita de sorgo sacarino. “Os entendimentos mantidos pela Embrapa Milho e Sorgo com as empresas de máquinas sinalizam de forma bem evidente o interesse em apoiar as demandas dos agricultores/das usinas para atender ao sistema de produção do sorgo sacarino/biomassa”, finaliza.
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