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Na criação de codornas para produção de ovos, o agricultor deve ficar atento às espécies adequadas como também à necessidade da realização de algumas práticas de manejo de produção, nutrição e reprodução, determinantes para o potencial produtivo das aves. O agricultor familiar que possui criação de codornas ou deseja ingressar nesse mercado, pode contar com Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) promovida pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura.
Na produção, fatores como programa de luz, alimentação, sanidade e ambiência são importantes para o desenvolvimento das aves e, consequentemente, para uma boa taxa de postura. De acordo com o médico veterinário da EBDA, Genival Magalhães, as instalações de criação são muito importantes e variam com o tipo de criação – comercial ou doméstica. “Para a comercial, os galpões abertos são mais econômicos, quando instalados em regiões de alta temperatura, mas se tem que controlar a incidência de sol, vento e chuvas”, explica o veterinário, que continua: “já as gaiolas, podem ser usadas em diversas fases de criação doméstica, e nos dois casos, observar-se a instalação de bebedouros e comedouros, de forma apropriada”.
Segundo o veterinário, atualmente, as espécies mais indicadas são as japonesa, européia e americana, que se diferenciam em tamanho, peso, precocidade no amadurecimento sexual, cor dos ovos, entre outros detalhes importantes para cada finalidade de criação. Quanto a alimentação das aves, a recomendação básica é a utilização de uma das muitas rações encontradas em mercados especializados.
Falando da sanidade dos animais, Magalhães diz que o agricultor, no seu dia a dia, pode se deparar, durante o manejo dos animais, com dois tipos de doenças: a newcastle (patologia altamente contagiosa que afeta aves, e pode levar a grandes perdas econômicas) e a coriza (doença respiratória aguda). “O maior e mais correto controle dessas doenças são a prevenção, com a vacinação das aves, e a higiene e limpeza regular e cuidadosa do criatório”, conta o veterinário.
Na Bahia, a criação de codornas (coturnicultura) tem apresentado um crescimento bastante acentuado nos últimos tempos. Os principais fatores que contribuem para este desenvolvimento são: o sabor exótico de sua carne, responsável por iguarias finas e sofisticadas, e o baixo custo para implantar uma pequena criação, que pode se tornar uma fonte de renda complementar dos agricultores familiares. Outro fator analisado é o técnico-econômico, que torna a cultura ainda mais atrativa, já que as aves atingem rapidamente a idade de postura.
“Com essas vantagens, é aconselhável procurar sempre um profissional da área, e os escritórios da EBDA, na região do criatório, onde o agricultor terá acesso a orientações adequadas para uma melhor qualidade da sua produção”, complementa Magalhães.
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