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Uma nova metodologia na análise de doenças em plantas importadas em quarentena vai acelerar os trabalhos de desenvolvimento de pesquisas e tecnologias. A notícia é ótima tanto para pesquisadores quanto para produtores. Com o tempo de espera da quarentena reduzido, os cientistas poderão começar os estudos, principalmente de melhoramento genético, mais rapidamente. Isso significa que as tecnologias vão chegar ao campo para o produtor em menos tempo.
As análises moleculares da pesquisa, por enquanto, só foram feitas na cultura da cana-de-açúcar, mas se aplicam à maioria das plantas. No caso da cana, o tempo de quarentena foi reduzido de um a dois anos para apenas dois meses. A redução foi possível graças a uma tecnologia que permite a realização da coleta de dados, que analisa se a planta possui ou não uma doença, assim que as primeiras folhas começam a surgir. Antes, era preciso esperar pelo período de latência, em que começam a aparecer os sintomas, que podia levar até dois anos.
A metodologia pode ser aplicada a diversas culturas e as pesquisas com a coleta de dados fitossanitários da uva já estão em andamento. A nova tecnologia só é indicada para casos em que o período de latência é muito grande e isso ocorre na maioria das doenças. Além de acelerar o processo de pesquisas de melhoramento, a nova metodologia de análise também é mais econômica porque, quanto mais tempo se espera para a planta sair do período de quarentena, mais gastos se tem para manter a infraestrutura necessária para o isolamento.
— Diminui para cerca de dois meses porque desenvolvemos uma metodologia em que é possível fazer a coleta e análises quando a planta transplantada já começa a ter aquelas folhinhas. Geralmente, as plantas são importadas para programas de melhoramento, se você libera as plantas mais rapidamente você facilita este processo de melhoramento. Se a planta fica menos tempo na quarentena, obviamente você vai gastar muito menos porque quanto mais tempo fica gasta-se mais para manter as plantas na quarentena. Já estamos fazendo testes para uvas. No caso da cana, nós testamos a amarelinho, mosaico, escaldadura e carvão — explica a pesquisadora Haiko Sawazaki, do Instituto Agronômico de Campinas.
A quarentena é o período em que as plantas importadas devem ficar isoladas, em observação, antes de serem liberadas de rodovias que fazem fronteiras com outros países ou dos aeroportos e portos internacionais. Esta medida é necessária para evitar que doenças de outros países entrem no Brasil e contaminem as plantações brasileiras. É preciso esperar o período de latência para que as doenças se manifestem, o que pode levar muito tempo.
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