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O uso de clones resistentes é o principal método de controle das principais doenças que afetam o eucalipto em diferentes regiões do país. As mais importantes são as doenças foliares. A mancha de micosferela reduz a produtividade entre 25% a 35% na Região Sul, principalmente Rio Grande do Sul. Nas regiões do Norte de Santa Catarina, Paraná e São Paulo o principal problema é a ferrugem, que diminui a produção entre 19% e 40%, assim como a mancha do Cylindrocladium, do Norte do Espírito Santo ao Pará.

— Dentro do setor florestal, a preferência é dada pelo controle por clones resistentes. Uma coisa muito importante nestas doenças foliares é a fonte de resistência. Pra micosferela, a fonte de resistência é bastante difícil e estão sendo procurados e desenvolvidos clones com resistência, assim como a mancha de Cylindrocladium. Já a ferrugem tem um programa de melhoramento de mais longa data, desde 1996, e já existem muitos clones resistentes a esta doença em várias empresas — explica Edson Luiz Furtado, professor do Departamento de produção vegetal, da Faculdade de Ciências Agronômicas, da Unesp campus Botucatu.
Existem outras formas auxiliares de controle como o uso de produtos químicos. Mas ainda não existe uma grande variedade disponível no mercado, as empresas ainda estão registrando uma quantidade maior de produtos para doenças do eucalipto. Outra estratégia é o uso do zoneamento climático em que os pesquisadores diferenciam as áreas de infestação de uma doenças, classificando elas em áreas de alto, médio ou baixo risco. No caso de regiões de baixo risco, não é preciso se preocupar em plantar um clone especificamente resistente à doença.
Um cuidado de manejo importante e que também ajuda a reduzir o impacto das doenças na lavoura é a alternância de clones plantados. Furtado, que foi um dos palestrantes do Dia de Campo de Eucalipto, que acontece dia 30 de outubro, no município de Pedra Bela, em São Paulo, diz que é preciso fazer um mosaico de clones na propriedade. Segundo ele, existem materiais com resistências em diferentes níveis e algumas doenças conseguem superar a resistência ao longo doa anos. Por isso, é importante trocar os clones plantados a cada cinco anos, em busca de materiais mais resistentes.
— A diagnose das doenças pode ser feita à campo. As lesões de micosferela ocorrem principalmente nas folhas primárias e são angulares. Já a ferrugem, como o próprio nome sugere, lembra muito a ferrugem dos metais. Na folha, ela vai ter uma esporulação alaranjada intensa e no fim do ciclo fica com uma lesão avermelhar. Já a mancha de Cylindrocladium, causa lesões circulares nas folhas em número grande e, às vezes, a necrose pode atingir as pontas da folha e até 50% da folha — esclarece Furtado.

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