dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     23/11/2024            
 
 
    
Sanidade Vegetal      
Manejo biológico para preservação do solo
Técnica usada contra doenças do milho e da soja apresenta maior durabilidade no controle e menor custo
Ouça a entrevista Comente esta notícia Envie a um amigo Aponte Erros Imprimir  
Kamila Pitombeira
05/09/2013

Algumas doenças, como o mofo branco, o nematóide e fungos de solo, podem dizimar toda a cultura da soja e do milho se não tratadas. Para isso, existem métodos como o controle químico, que tem como característica o imediatismo. No entanto, existe ainda outra técnica: o manejo biológico, que tem como princípio a sustentabilidade do combate. A técnica consiste na utilização de microorganismos benéficos como forma de diminuir gradativamente os problemas que afetam a lavoura. Suas principais vantagens são a preservação do solo e a durabilidade do controle, além do menor custo.

— A ideia da técnica é incrementar a produção usando microorganismos benéficos do solo que contem patógenos. Esses organismos benéficos têm a capacidade de parasitar, predar ou competir por alimentos — explica Eduardo Bernardo, pesquisador na área de pesquisa e desenvolvimento da Agrivalle.

Para manter os organismos benéficos próximos ao solo, Bernardo diz que é importante que o produtor saiba realizar a rotação de culturas e o incremento de matéria orgânica. Além disso, o preparo e a análise do solo são importantes para saber que tipo de cultura pode ser usada na rotação. 

— A principal vantagem do manejo biológico é a preservação do maior patrimônio do produtor rural: o solo. Existe ainda a vantagem da durabilidade desse tipo de opção de controle. Quando realizamos esse processo de manejo, ele perdura por muitos anos. Ano a ano, o produtor consegue ver uma diminuição da incidência de patógenos — garante.

O entrevistado afirma, porém, que a maior limitação na adoção do sistema é relativa ao imediatismo. Segundo ele, quando se fala em manejo, não significa resolver o problema em uma ou duas safras. Esse é um processo contínuo.

— Em termos de custo, essa técnica é muito mais barata, já que perdura por muito mais tempo. Em geral, o início do trabalho com o manejo biológico exige medidas mais radicais. Com isso, os custos são mais altos nesse período. No entanto, no decorrer de 4 ou 5 anos, a técnica se torna muito mais barata, já que é sustentável — conta.

De acordo com ele, geralmente, é preciso entrar com doses mais altas de produtos biológicos no primeiro ano para estimular a biota de solo. No decorrer dos anos, essa dose diminui. Bernardo conta ainda que existem produtores que começaram esse trabalho há aproximadamente 2 anos com doses altas. Hoje, utilizam apenas uma dose de manutenção.

— Isso porque o controle biológico é acumulativo. Conforme o produtor ativa os microorganismos do solo, os problemas reduzem até o ponto de não existirem mais. Com isso, é possível conviver com as doenças a um custo muito baixo — explica.

Precauções

A primeira precaução antes de aderir à técnica, segundo o entrevistado, é saber exatamente qual o verdadeiro problema que existe na lavoura. Muitas vezes, o que a planta demonstra não é exatamente a causa do problema, mas sim o sintoma, como explica Bernardo.

— Para isso, é preciso a presença de um agrônomo responsável para fazer a identificação. Entendido o problema, o produtor toma as medidas necessárias. Essas medidas podem ser mais brandas ou mais radicais, dependendo do tamanho do problema. No caso dos nematóides, por exemplo, se a população for muito alta, será necessário mais tempo para reverter o quadro — conclui.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Agrivalle através do número (35) 3427-4900.

Reportagem exclusiva originalmente publicada em 19/12/2011

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Maria da Graça Melim Schwartz
07/09/2013 14:01:39
Tenho uma pequena propriedade e procuro fazer cultivo orgânico usando apenas esterco de animais como adubo, porém tenho dúvidas sobre o assunto. Gostaria de saber mais sobre produtos biológicos. Agradeço as informações antecipadamente.

Para comentar
esta matéria
clique aqui
1 comentário

Conteúdos Relacionados à: Doenças
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada