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A Fundação MS promove nessa terça-feira, 3 de agosto, um dia de campo de Trigo e Aveia Preta para mostrar a agricultores do Mato Grosso do Sul os melhores materiais disponíveis para a região. No evento, que acontece no município de Maracajú, serão apresentadas 23 cultivares de trigo de sete empresas (Embrapa Soja, Iapar, Embrapa Trigo, Fundacep, Biotrigo, Or Semente e Codetec) e três materiais de aveia preta, sendo que dois ainda serão lançados e não estão disponíveis no mercado.
O pesquisador Carlos Pitol, da área de fitotecnia da Fundação MS, diz que todas as cultivares apresentadas são boas alternativas para o produtor da região porque dão segurança para o produtor, em termos de produtividade e qualidade industrial. No caso de trigo, ele diz que todas têm boa resistência ao acamamento, praticamente todas têm tolerância à brusone, que é a principal doença da cultura na região, e resistência à ferrugem. Entre as cultivares que serão apresentadas, o pesquisador dá alguns destaques para os materiais com melhor qualidade industrial e potencial produtivo.
— O BRS Parcela é um dos materiais que tem criado mais expectativa pelo seu material produtivo e característica industrial, além do BRS220, o BRS 229, BRS Parcela, BRS Tangará, o IPR 136 e IPR 144. A Or Quartzo e Miranda também têm apresentado um bom comportamento para a região, assim como a Cristalino. Todas elas se encaixam no grupo de cultivares precoces e semiprecoces e são tipo pão ou do tipo melhorador. Têm em torno de 60 sacas por hectare, o que demonstra alta tecnologia de produção para a cultura se nós compararmos com o que já foi o trigo no passado. O principal problema do trigo no Estado é a brusone, que é uma doença de difícil controle, e praticamente todas as cultivares que serão mostradas têm tolerância à brusone. Na parte de ferrugem, que é uma doença foliar, todos os materiais têm tido uma boa resistência — exemplifica Pitol.
Na apresentação das cultivares de aveia preta, haverá dois lançamentos e a recomendação para um material que já está no mercado, o Agro Zebu, que já tem sementes disponíveis para o Mato Grosso do Sul. Segundo Pitol, esta cultivar é especial porque é mais específica como forrageira, devido à sua boa produção de massa e ciclo mais longo, permitindo um período maior de pastejo. Também serão apresentadas as cultivares Agro Coxilha e Agro Ijuí, que ainda estão em processo de produção de sementes e só devem chegar ao mercado na próxima safra.
— As cultivares de aveia estão com melhor comportamento do que a antiga aveia preta comum, que já está saindo do mercado. O dia de campo é importante para que os produtores conheçam os novos materiais que estão sendo lançados no mercado. As cultivares de aveia preta têm ciclo precoce e boa produção de semente na região, já que o objetivo principal da cultura é a cobertura do solo e floragem, então o que interessa é o grão para semente. Elas produzem na faixa de 20% a 30% de massa a mais do que a aveia preta comum — explica o pesquisador.
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