dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     22/11/2024            
 
 
    
Manejo da Lavoura  
Como proteger a lavoura de inverno
Monitorar é a melhor estratégia no combate às doenças
Comente esta notícia Envie a um amigo Aponte Erros Imprimir  
Joseani M. Antunes, Embrapa Trigo
06/08/2018

O momento é de monitorar as lavouras de cereais na Região Sul, principalmente para o controle de doenças fúngicas. As principais doenças no trigo são oídio, manchas foliares, ferrugem da folha e giberela. Saiba quais são as estratégias recomendadas pela pesquisa para reduzir as perdas na lavoura.

As condições climáticas no inverno sul-brasileiro podem favorecer a presença de fungos no ambiente, ocasionando doenças em cereais como o trigo, a cevada e a aveia, entre outros. Veja abaixo os sintomas e formas de controle das principais doenças que ocorrem na cultura do trigo:

Oídio
Ocorre em todas as partes das plantas, mas é mais comum na folhas e bainhas. Em anos secos, pode ocorrer a predominância dessa doença. A principal medida de controle desta doença é o uso de cultivares resistentes. No uso de cultivares suscetíveis, recomenda-se o tratamento de sementes com fungicidas específicos e a pulverização na parte aérea.

Ferrugem da folha

É uma doença que ocorre em praticamente todos os locais onde se cultiva trigo no mundo. No Brasil, o seu agente causal, o fungo Puccinia triticina, sobrevive durante o período de ausência da cultura em plantas voluntárias. Uma importante medida de controle da ferrugem da folha também é o uso de cultivares resistentes. Por outro lado, a pulverização de fungicidas na parte aérea também tem demonstrado boa eficiência para controlar a doença.

Manchas foliares
Na condição brasileira, pelo menos três doenças devem ser consideradas: a mancha marrom, a mancha amarela e a mancha das glumas. As sementes e os restos culturais são os locais mais importantes para sobrevivência dos patógenos causadores das manchas foliares durante a ausência da cultura no campo. As principais medidas de controle das manchas foliares incluem a rotação de culturas, o tratamento de sementes com fungicidas, uso de sementes sadias e a aplicação de fungicidas na parte aérea das plantas.

Giberela
O excesso de chuvas no espigamento é o principal fator associado com essa doença. O uso de cultivares tolerantes à doença ameniza o problema, já que não existem cultivares resistentes. Outra alternativa é a pulverização de fungicidas com o objetivo de proteger a espiga, prática que nem sempre atinge níveis de eficiência adequados. Para saber quais as melhores combinações de controle, acompanhe os resultados gerados na rede de ensaios cooperativos, que avalia a eficiência dos fungicidas a cada safra. Outra alternativa de monitoramento é o Sisalert, plataforma de previsão climática que indica o nível de risco para giberela e brusone a partir da data de espigamento do trigo.

Para os pesquisadores que trabalham com fitopatologia (estudo das doenças em plantas), a melhor estratégia de controle é o monitoramento da lavoura, já que os fungos podem atacar em diferentes momentos no desenvolvimento da cultura, tanto no clima seco quanto no período chuvoso.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Flávio Santana, seguir o calendário para fazer as aplicações de defensivos pode parecer mais fácil ao produtor, mas é preciso lembrar que o clima é variável, não segue calendário: “Fazendo a aplicação calendarizada você pode errar o momento de controle, aplicando antes da doença aparecer, desperdiçando produto, ou após o dano. O momento ideal é controlar a doença no início, logo que aparecem os primeiros sintomas, quando o clima está propício ao fungo”, esclarece Santana.

Ouça a entrevista com o pesquisador Flávio Santana, da Embrapa Trigo.

Na Cooperativa Agrária (sede em Guarapuava, PR), o monitoramento de doenças conta com um sistema de alerta que cruza dados climáticos com parcelas no campo. Criado em 2011, o Radar Inverno conta com unidades de monitoramento de doenças em trigo e cevada, em 17 municípios da região central do Paraná. Segundo o pesquisador da FAPA/Agrária, Heraldo Feksa, as parcelas no campo servem de indicativo da chegada das doenças na região, gerando alertas à assistência técnica com o nivelamento dos métodos de controle.

Saiba mais sobre o trabalho na FAPA/Agrária na entrevista com o pesquisador Heraldo Feksa.

Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Ainda não existem comentários para esta matéria.
Para comentar
esta matéria
clique aqui
sem comentários

Conteúdos Relacionados à: Cultura de inverno
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada