A Embrapa Tabuleiros Costeiros recomenda aos produtores de grãos o sistema de Plantio Direto, que consiste em manter a palhada da safra anterior sobre o solo, protegendo a sua superfície contra a ação direta do sol e da chuva, reduzindo o risco de erosão e perda da camada fértil do solo.
No entanto, o mais comum é o agricultor fazer o uso do sistema convencional, onde os restos culturais são incorporados ao solo por meio de arados e grades, o que degrada a matéria orgânica e provoca a compactação, aumentando os riscos de perda da camada fértil do solo, pela ação da erosão causada pelas águas das chuvas.
No sistema convencional, além da degradação dos solos agrícolas com a formação de sulcos e voçorocas, o solo erodido é carreado para os mananciais d’água. Isso provoca o assoreamento dos rios, córregos e lagos que vão ficando rasos e poluídos com resíduos químicos e orgânicos indesejáveis. Esse tipo de degradação prejudica a atividade pesqueira, a qualidade da água de uso doméstico e o transporte fluvial, além de aumentar os riscos de enchentes.
O sistema de Plantio Direto é mais econômico para o produtor por eliminar as operações de preparo do solo (aração e gradagem), e ainda causa menos impacto ao meio ambiente, pois reduz a quase a zero o risco de erosão, por manter o solo protegido e agregado. O sistema mantém a fertilidade do solo, conserva sua umidade, sua matéria orgânica e elimina atrasos na implantação das lavouras, por colocar as sementes e o fertilizante sem necessidade de revolvimento do solo. O Plantio Direto ainda tem a vantagem de reduzir o consumo de combustível fóssil, pois utiliza maquinário que exige menor potência.
Adicional às vantagens ambientais, o Plantio Direto proporciona ao agricultor uma estabilidade na produtividade das lavouras ano após ano, enquanto que, no sistema convencional a produtividade vai diminuindo e a necessidade de insumos vai aumentando a cada safra devido à degradação do solo.
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