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Produzir mais, em uma mesma área, conservando o solo e preservando os recursos naturais. Esse será o tema central do último talk, do primeiro dia de programação do 16º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha (ENPDP), que será realizado em Sorriso (MT), entre os dias 01 e 03 de agosto.
O tema proposto é “ILP- Alternativas para descompactação e conservação de solo”, com dois palestrantes renomados no assunto: João Kluthcouski e Alvadi Balbinot. O primeiro, João Kluthcouski, conhecido como João K., descobriu um jeito de dobrar o tamanho das terras agrícolas brasileiras sem degradar a natureza. O engenheiro agrônomo é o principal idealizador do sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), no Brasil, que hoje ocupa mais de 12 milhões de hectares. Através de estudos liderados por ele, o pesquisador conseguiu recolocar no mapa da produção terras degradadas por pastagens, que até então eram dadas como perdidas para a agricultura.
Assim como no Sistema Plantio Direto, a ILP utiliza manejo que não deixa o solo descoberto, semeando grãos junto com capim para o rebanho. Através da pesquisa de João Kluthcouski foi possível afirmar que a emissão de gases de efeito estufa, em função da atividade da pecuária, no sistema integrado, cai quase pela metade. Com o solo coberto por palhas ou plantas vivas o ano todo, o carbono ao invés de ser emitido, é absorvido.
João K. nasceu em Apucarana, no Norte do Paraná, cursou agronomia no Rio Grande do Sul e desde então, vem se dedicando aos estudos de solos brasileiros. “A integração lavoura-pecuária-floresta representa juntar todas as revoluções anteriores num só sistema, o que permite quatro safras por ano, e só nós podemos fazer isso. O Brasil solucionou o problema dos solos arenosos. Estamos trazendo à produção 50 milhões de hectares, que antes dávamos como perdidos”, destaca o agrônomo.
O palestrante Alvadi Balbinot também trabalha como pesquisador. Ele atua na Embrapa Soja, em Londrina (PR), onde coordena inúmeras pesquisas que trouxeram avanços significativos para a agricultura no País. Uma delas intitulada de “Novos sistemas de semeadura e arranjos de plantas para aumento da produtividade e sustentabilidade da cultura da soja” encontrou respostas para alguns dos modelos de arranjos produtivos de soja.
Conforme Alvadi Balbinot, o arranjo pode alterar o crescimento da cultura, a incidência de estresses bióticos e abióticos, a qualidade das pulverizações, o acamamento e, consequentemente, a produtividade e qualidade dos grãos. “Estamos vivendo tempos em que as mudanças nas características morfofisiológicas das cultivares de soja e nas práticas de manejo são uma realidade. Além disso, temos um aumento da expectativa de produtividade de grãos, acompanhado de aumento do custo com sementes”, conta o especialista.
Esses e vários outros temas serão discutidos no 16º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha, que será entre os dias 01 e 03 de agosto, no Centro de Eventos Ari José Riedi, em Sorriso (MT). Pra garantir vaga basta se inscrever no site: www.plantiodireto.org.br.
O evento é promovido pela Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação em parceria com o Sindicato Rural de Sorriso; Clube Amigos da Terra (CAT); Instituto Mato-grossense do Algodão (IMA-MT); Fundação Sorriso e Prefeitura de Sorriso. O Encontro conta ainda com o apoio Fundação MT, Crea-MT, Facen, Aprofir, Aprosoja, UFMT Sinop, Embrapa, Acrimat, IFMT Sorriso, Cesb, Sistema Famato, Ampa, Sindicato Rural de Cuiabá, Aprosmat, Senar-SP, Sedec, Coomam e Univag.
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