dia de campo

a
Esqueceu a senha?
Quero me cadastrar
     21/11/2024            
 
 
    
Nutrição Vegetal      
Tecnologia de inoculação incrementa a proteína do capim-braquiária em 25%
Trata-se de um inoculante que contém estirpes selecionadas da bactéria Azospirillum brasilense
Comente esta notícia Envie a um amigo Aponte Erros Imprimir  
Lebna Landgraf, Embrapa Soja
30/01/2018

Inovação desenvolvida pela Embrapa Soja, em parceria com a empresa Total Tecnologia, promove o incremento na produção de biomassa e no conteúdo de proteína do capim-braquiária. A tecnologia consiste na inoculação do capim com Azototal, primeiro produto comercial com registro para braquiárias. Trata-se de um inoculante que contém estirpes selecionadas da bactéria Azospirillum brasilense. O lançamento da tecnologia ocorrerá no Show Rural Coopavel, entre 5 e 9 de fevereiro, em Cascavel (PR). “Com a inoculação, as forrageiras poderão dispor de 25% a mais de proteína, o que irá melhorar a qualidade nutricional da alimentação dos animais”, relatam os pesquisadores da Embrapa Mariangela Hungria e Marco Antonio Nogueira, que participaram do desenvolvimento da tecnologia.

Incremento de 15% na produção e 25% mais biomassa
A inoculação com o Azototal resultou em um incremento de 15% na produção de biomassa da braquiária e de 25% no conteúdo total de proteína, em comparação às parcelas que não receberam o produto. “Esses números são excepcionais e podem impactar positivamente a agropecuária”, afirma Mariangela Hungria. A Azospirillum brasilense é classificada como “bactéria promotora do crescimento de plantas”. O principal efeito desse microrganismo é a produção de fitormônios, que resultam, principalmente, em incrementos consideráveis na biomassa de raízes. “Com o maior crescimento das raízes, a capacidade da forrageira para explorar o solo em busca de nutrientes e água é ampliada e permite, inclusive, maior aproveitamento do fertilizante aplicado”, explica a cientista da Embrapa.

Recuperação de pastagens com baixo custo
Estima-se que o Brasil tenha cerca de 180 milhões de hectares ocupados por pastagens, a grande maioria com braquiárias. Desse total, cerca de 70% encontram-se em algum estágio de degradação. “A recuperação de áreas com pastagens degradadas de braquiárias, usando a combinação de fertilizante nitrogenado e Azospirillum pode trazer, com baixo custo para o agricultor, um grande impacto na agropecuária brasileira, não só pela maior produção de biomassa, mas também por meio da melhoria na qualidade proteica na alimentação do gado”, relata a pesquisadora.

Benefícios adicionais ao meio ambiente
O processo de inoculação de braquiária com Azospirillum também traz benefícios ambientais, ao favorecer o sequestro de carbono da atmosfera pela maior produção de biomassa de forragem, estimado em, aproximadamente, 100 kg de carbono por hectare por ano (C/ha/ano). O carbono absorvido pela planta é convertido em biomassa, portanto, para gerar mais biomassa, a planta retira mais carbono da atmosfera.

Além disso, a inoculação eliminou a necessidade de uma segunda aplicação de 40 kg de nitrogênio por hectare (N/ha), contribuindo para a mitigação de gases de efeito estufa, estimada em 180 equivalentes de gás carbônico por hectare (CO2/ha). Isso ocorre porque parte do nitrogênio aplicado à lavoura é transformado em óxido nitroso (N2O), um gás de efeito estufa.  “São números que ajudam a viabilizar uma agricultura mais sustentável e com responsabilidade ambiental, sendo uma tecnologia em plena sintonia com as metas do governo brasileiro no Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC)”, afirma o pesquisador Marco Antonio Nogueira.

Como funciona a tecnologia
As estirpes Ab-V5 e Ab-V6 de Azospirillum brasilense vêm sendo utilizadas com sucesso nas culturas do milho e do trigo e na coinoculação com rizóbios nas culturas da soja e do feijoeiro. Para avaliar o desempenho da inoculação dessas estirpes da bactéria nas braquiárias (B. brizantha e B. ruziziensis), foram desenvolvidas formulações e averiguadas dosagens do inoculante. Em ensaios conduzidos no Paraná e no Mato Grosso do Sul, a inoculação foi realizada nas sementes, na implantação das pastagens. Todas as parcelas receberam 40 kg de nitrogênio-fertilizante por hectare (N-fertilizante/ha) como ureia, em cobertura, aos 30 dias após a emergência, uma vez que essas bactérias não possuem a capacidade de fornecer todo o nitrogênio de que a planta precisa.

Informações sobre a tecnologia
Embrapa Soja - (43) 3371-6000 / Total Biotecnologia - (41) 3347-1211

E no site Embrapa no Show Rural 2018

Aviso Legal
Para fins comerciais e/ou profissionais, em sendo citados os devidos créditos de autoria do material e do Jornal Dia de Campo como fonte original, com remissão para o site do veículo: www.diadecampo.com.br, não há objeção à reprodução total ou parcial de nossos conteúdos em qualquer tipo de mídia. A não observância integral desses critérios, todavia, implica na violação de direitos autorais, conforme Lei Nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998, incorrendo em danos morais aos autores.
Ainda não existem comentários para esta matéria.
Para comentar
esta matéria
clique aqui
sem comentários

Conteúdos Relacionados à: Pastagem
Palavras-chave

 
11/03/2019
Expodireto Cotrijal 2019
Não-Me-Toque - RS
08/04/2019
Tecnoshow Comigo 2019
Rio Verde - GO
09/04/2019
Simpósio Nacional da Agricultura Digital
Piracicaba - SP
29/04/2019
Agrishow 2019
Ribeirão Preto - SP
14/05/2019
AgroBrasília - Feira Internacional dos Cerrados
Brasília - DF
15/05/2019
Expocafé 2019
Três Pontas - MG
16/07/2019
Minas Láctea 2019
Juiz de Fora


 
 
Palavra-chave
Busca Avançada