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A cochonilha do carmin é uma praga relativamente nova que ataca a palma forrageira. Em muitos casos, a praga consegue destruir completamente a plantação pela sua capacidade de multiplicar rapidamente. A única forma de combater essa cochonilha é com o uso de variedades resistentes.
Os Estados de Pernambuco e Paraíba estão sofrendo com o ataque da praga e o principal motivo é porque os produtores dessas regiões usam a palma gigante, que é muito sensível ao ataque da cochonilha do carmin. Em Alagoas, um dos estados de maior produção de palma no país, o cenário é diferente. A praga não tem causado quase nenhum dano em função dos produtores utilizarem as variedades alagoas, mexicana ou miúda, que são resistentes.
— A cochonilha do carmin é uma praga que apareceu há pouco tempo, inicialmente em Pernambuco, causa danos mais sérios porque é um tipo de praga de multiplicação mais voraz. A cochonilha tem preferência por atacar a plama do tipo gigante, que é mais comum em Pernambuco e na Paraíba, onde o ataque da praga está trazendo problemas muito sérios — explica o engenheiro agrônomo Fernando Gomes, que coordena o trabalho de produção das variedades de palma na Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento de Alagoas.
Os produtores de Pernambuco e Paraíba usam a palma gigante, que sofre com os ataques da cochonilha do carmin, porque ela é uma espécie de palma que se adapta melhor a solos com condições menos favoráveis, é uma planta mais rústica. Em Alagoas, o cenário é diferente porque as regiões produtoras têm solo mais favorável para produção de palma, e, com isso, os produtores podem optar por plantas resistentes à praga. Por isso, o especialista recomenda que as variedades resistentes sejam incorporadas aos poucos ao resto da plantação nas lavouras de Pernambuco e Paraíba.
— A vantagem da palma gigante é que ela é mais adaptável a solos em condições não tão favoráveis. Não recomendo que os produtores mantenham apenas uma espécie na plantação, eles devem ir encorporando as variedades de palma resistentes à cochonilha — destaca Gomes.
Em Alagoas, onde as condições de solo são mais favoráveis, as variedades resistentes à cochonilha do carmin chegam a produzir 400 toneladas por hectare, o que é um número bastante acima da média, que é de 80 toneladas por hectare.
Para mais informações, os interessados devem entrar em contato com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento de Alagoas através do telefone (82) 3315-1391 ou site www.agricultura.al.gov.br.
Reportagem exclusiva originalmente publicada em 12/03/2012
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