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O Estado do Rio Grande do Norte apresenta uma diversidade de atividades econômicas que impulsionam o desenvolvimento da região gerando emprego e renda para a população. Entre elas, a apicultura vem se destacando nos últimos anos principalmente devido à organização da produção de mel que hoje representa a sexta maior produção do país. A profissionalização e a adequação aos padrões de qualidade tem sido o diferencial para esse incremento. O trabalho de profissionalização para melhorar a qualidade do produto iniciou com 280 famílias no município de Serra do Mel-RN, hoje uma das principais produtoras de mel com uma produção de 200 toneladas por ano, sendo superada somente pelo município de Apodi-RN que produz de 600 a 700 toneladas anualmente. Em relação a melhoria da qualidade, as características especiais de clima e de flora tem favorecido a obtenção de mel de qualidade em virtude do Estado possuir uma extensa cobertura de mata atlântica, com uma grande variedade floristica.

A produção de mel no RN tem crescido rapidamente e se destacando no cenário internacional apresentando um alto potencial de crescimento. Para se ter uma idéia, nos sete primeiros meses de 2010 o Estado do RN exportou 435 toneladas de mel natural, o equivalente a uma negociação de 1,07 milhões de dólares. Hoje 190 casas de mel já foram instaladas pelo governo do Estado, apesar de, ainda haver a necessidade para se adequarem às exigências do SIF – Selo de Inspeção Federal, o quem tem sido a maior dificuldade dos pequenos produtores que têm se limitado no fracionamento e na comercialização do Mel. Mesmo com o entrave para a obtenção do SIF e a informalidade na venda do produto, a quantidade de mel produzida no RN chega a superar a de Estados onde o sistema de produção é sistematizado há mais tempo, como o Ceará. A diferença é que o Estado do CE compra parte da produção no RN e revendem em maior escala. Por serem mais organizados, eles conseguem atingir o mercado mais exigente e cobram mais caro. Esse problema pode ser solucionado se houver a união do segmento e com isso aumentar o poder de barganha na hora de vender. Com a cadeia do mel no Estado mais estruturada, os produtores de mel  poderão vender seu produto por um preço melhor.

O avanço da cadeia produtiva do mel deve-se principalmente aos esforços de instituições que dão apoio organizando a produção e investindo em novas tecnologias. Entre as instituições podemos citar o SEBRAE que vem incentivando a produção através de ações estruturantes, consultorias e capacitações para apicultores da região. Outra instituição que vem apoiando a atividade apícola no estado é a Universidade Federal Rural do Semi-Àrido – UFERSA que transfere conhecimento tecnológico através do seu corpo docente, fornecendo também estrutura para atividades de pesquisa, como exemplo, podemos citar a implantação de um Centro Tecnológico em Apicultura localizado em uma fazenda experimental da universidade que vem desenvolvendo trabalhos de pesquisas e realizando cursos práticos na área. A UFERSA também presta suporte gerencial e tecnológico para 09 empresas do ramo do mel (APISMEL, MEL DA FLOR, MEL CANAÃ, JABMEL, COOPAPI, MEL BOA FÉ, MEL DE ANGICOS, PURO MEL E AGROLÂNDIA) através de sua Incubadora a IAGRAM (Incubadora do Agronegócio de Mossoró), criada inicialmente para atender o agronegócio do mel e que hoje expandiu sua área de atuação para o agronegócio como um todo. A IAGRAM faz parte do programa de incubadoras de empresas criado pelo SEBRAE para atender micro e pequenas empresas, associações e cooperativas que queiram agregar valor aos seus produtos e serviços.

Sendo assim, o cenário para produção de mel no estado do Rio Grande do Norte se mostra bastante promissor devido às próprias características da região que são propícias ao desenvolvimento da apicultura e a existência de instituições capazes de dar suporte para que a atividade esteja em constante crescimento.

 

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Luís Gonzaga Araújo e Costa
20/09/2011 - 11:17
Excelente artigo sobre a produþÒo potiguar de mel. Com o aumento da produþÒo de mel devemos nos preocupar com a demanda, tanto interna quanto externo. Outra preocupaþÒo que deve ser exercida diz respeito com a qualidade do produto. Para tanto, a capacitaþÒo dos agentes do setor Ú primordial.

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