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Kamila Pitombeira
04/08/2011
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O momento do plantio pode definir o futuro de uma lavoura quando se fala em produtividade. Cuidados com regulagem de máquinas, preparo de sementes e orientação técnica são essenciais nessa etapa. A dinâmica da semeadura do feijão em sistema de plantio direto, um dos temas abordados no 2º GVS Irriga, no dia 06 de agosto, no GVS Centro de Pesquisa e Tecnologia Agrícola, trata justamente sobre as medidas que devem ser tomadas pelos produtores rurais para garantir a eficiência da plantação. Segundo Ingbert Döwich, presidente da Associação de Plantio Direto no Cerrado (APDC), o plantio direto conta com uma série de características particulares. Ele diz que na cultura do feijão, onde se precisa garantir uma boa implantação da lavoura para obter sucesso na produtividade, o potencial da lavoura é praticamente definido na hora do plantio.
— Em relação a plantadeiras, por exemplo, nem todas disponíveis no mercado atendem às necessidades do plantio direto, principalmente na cultura do feijão. Há algum tempo, os produtores simplesmente deixavam de revolver o solo e aproveitavam apenas os resíduos da cultura anterior. Hoje, com a produção e utilização de culturas de cobertura de solo, elevamos esses resíduos no solo para níveis de até 12 toneladas de massa verde por hectare — afirma Döwich.
No entanto, o presidente conta que isso vem a complicar a vida do produtor no momento de implantar a nova cultura. Se ele não tiver uma regulagem correta dos elementos de ataque a solo, ele não conseguirá colocar de forma eficiente as sementes nesse solo e permitir a elas uma boa implantação.
— A própria cobertura no solo, não deixar a semente exposta, retomar a palha em cima do sulco de plantio para minimizar perda de água e efeitos da radiação solar direto sobre o solo são complicadores que devemos contornar — explica ele.
Ainda segundo Döwich, na hora do plantio, o produtor deve optar por boa semente, deve realizar um tratamento de sementes adequado para cada região e o controle de doenças. Além disso, deve escolher o disco correto da plantadeira para permitir uma boa distribuição dessas sementes, conseguir plantar um estande adequado e garantir o futuro da lavoura.
— Com relação a pragas e doenças, o produtor deve prevenir sempre. Se o produtor desconfia que possa ter um problema já conhecido de pragas ou doenças, no tratamento de sementes já tentamos resolver parte disso. No momento em que a cultura já está implantada, é necessário fazer um bom monitoramento dela no sentido de diagnosticar rapidamente eventuais pragas ou doenças, fazendo as intervenções corretas — conta ele.
Além disso, o presidente explica que é importante também se utilizar de orientação de técnicos capacitados e contar com o acompanhamento de um agrônomo que tenha experiência com o feijão, além de um bom preparo de solo.
— Sempre que os produtores adotarem a rotação de cultura, uma boa cobertura de solo, além da garantia da produção da lavoura, ele ainda obterá ganhos adicionais com relação à manutenção da fertilidade do solo e uma economia de até 40% de água em áreas irrigadas — diz.
Para mais informações, basta entrar em contato com a APDC através do número (34) 3227-8969.
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