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Juliana Royo e Kamila Pitombeira
26/05/2011
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Para avaliar o impacto da mecanização na lavoura da cana-de-açúcar, o Instituto Agronômico de Campinas, em parceria com a Santal, desenvolveu um caminhão automatizado apresentado no Agrishow 2011, que aconteceu em Ribeirão Preto (SP), entre os dias 2 e 6 de maio. Com esse caminhão, o Instituto é capaz de realizar pesquisas com base no que acontece de fato nas grandes lavouras e assim desenvolver variedades de cana mais adaptadas à mecanização. Segundo Marcos Landel, diretor do centro de cana do IAC, nos últimos anos, a cultura da cana-de-açúcar tem se tornado cada vez mais mecanizada, desde o plantio até a colheita.
— Isso fez com que uma rede experimental existisse não só no Instituto Agronômico, mas em universidades e outras instituições. Experimentamos a condição que hoje vai predominar nos canaviais, que é a colheita mecânica crua, sem utilização do fogo, e a colheita mecânica — afirma o diretor.
Ele explica que, há algum tempo atrás, a colheita era feita manualmente e sem a utilização de fogo, pois esse era um artifício para reduzir o volume de palha e, com isso, permitir a colheita manual de maneira mais fácil. Mas a partir do crescimento da colheita mecânica, ele diz que não há necessidade de utilizar o fogo.
— Isso criou um novo ambiente para a cultura da cana, com uma presença de palha muito grande na colheita. Tudo isso deve ser estudado. Na verdade, quando desenvolvemos as variedades, elas precisam passar por esse processo para que, quando os produtores forem cultivar em áreas comerciais, as informações geradas nos experimentos e nos ensaios, possam equivaler àquilo que realmente acontece em áreas comerciais — diz.
Por isso, Landel conta que, nos últimos anos, a colheita dos ensaios passou a ser feita também de maneira mecânica e sem o uso do fogo. Mas, para ele, o grande problema é a falta de estrutura para colher as parcelas, similar ao que acontece hoje na grande lavoura com a colheita mecânica.
— O que fizemos foi nos associarmos a uma empresa, a Santal, que já tinha um esquema de transbordo. Tentamos então imaginar uma caçamba que fosse em cima desse transbordo e que permitisse medir a cana que é jogada lá dentro. Então, a cana que é colhida dessas parcelas experimentais tem seu peso registrado através de sensores dentro da cabine do caminhão, que conta com mostrador digital e capacidade de memória. Com isso, a colheita mecânica pode ser viabilizada — conclui.
Landel esclarece ainda que o caminhão é um instrumento para colher as mesmas parcelas que antes eram colhidas manualmente e queimadas. Hoje, com esse caminhão, é possível colher mecanicamente a cana crua, como é feito na grande lavoura. Na verdade, esse caminhão sustenta toda a rede experimental existente hoje no Brasil.
Para mais informações, basta entrar em contato com o IAC através do número (19) 2137-0600.
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jose Guilherme Perticarrari
26/05/2011 - 17:07
S¾ gostaria de contestar a veracidade da informaþÒo deste artigo, com todo o respeito e Útica profissional. Esta tecnologia de pesagem automßtica a que o artigo se refere, foi desenvolvida pelo CTC - CENTRO DE TECNOLOGIA CANAVIEIRA, de Piracicaba SP, para possibilitar a pesagem instantÔnea das parcelas dos ensaios colhidos com colhedoras de cana picada. O projeto, totalmente inÚdito no Brasil, foi desenvolvido no ano de 1996, portanto quinze anos atrßs, e contou com a participaþÒo de uma empresa dos EUA, que forneceu as primeiras cÚlulas de carga para pesagem. Naquele mesmo ano de 1996 foi construÝdo no CTC, e montado em um caminhÒo, o primeiro prot¾tipo do equipamento. Depois disto o projeto foi aprimorado e hoje esta tecnologia continua sendo usada e jß estß dominada pelo CTC hß pelo menos 10 anos. A frota atual do CTC Ú de 06 unidades, para atender Ós demandas dos ensaios em todo o Brasil. Estas unidades foram / sÒo fabricadas por encomenda por empresas nacionais parceiras do CTC.
JosÚ Guilherme
Juliana Royo
26/05/2011 - 17:37
Prezado Sr. JosÚ Guilherme,
Creio que houve um mal-entendido no comentßrio postado pelo senhor.
Em nenhum momento da matÚria foi citado que o IAC patenteou a tecnologia ou que o caminhÒo era o ·nico do Brasil. Inclusive o Sr. Marcos Landell (diretor do centro de cana do IAC) comenta que o caminhÒo beneficiarß uma rede de estudos que extrapola o IAC, podendo contribuir para pesquisas de outras instituiþ§es parceiras. A reportagem foi feita com o IAC porque o Instituto estava apresentando a tecnologia durante a Agrishow. NÒo conheþo a fundo a tecnologia desenvolvida pelo CTC, mas creio que nÒo se trata de uma imitaþÒo e sim desenvolvimento de tecnologias similares.
Portanto, acho que o senhor se equivocou ao contestar a veracidade da informaþÒo. Conto com a compreensÒo do senhor.
Atenciosamente, Juliana Royo Editora Portal Dia de Campo
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