De acordo com dados fornecidos pela Embrapa, o greening é uma das mais destrutivas e antigas doenças da citricultura mundial, uma vez que seu primeiro relato ocorreu na China em 1919. Ao longo do tempo, a doença foi observada em outros países dos continentes Asiático, Africano, na Oceania e, no início do século XXI no continente Americano. No Brasil o primeiro relato ocorreu em 2004, na região de Araraquara em São Paulo e hoje a doença já se encontra em praticamente todos os municípios produtores do Estado.
Não existem estudos que comprovam, detalhadamente, como as bactérias da doença interferem no metabolismo da planta, provocando os prejuízos conhecidos. De forma simplista pode-se dizer que elas obstruem os vasos do floema, responsáveis por conduzir a seiva elaborada, impedindo assim, a distribuição da mesma. Com isso as árvores novas, quando contaminadas, não chegam a produzir frutos e as plantas adultas, ao serem contaminadas, rapidamente se tornam economicamente improdutivas.
Recentemente o pesquisador Dr. Renato B. Bassanesi, do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) apresentou um dos mais importantes estudos para a doença. Sua pesquisa demonstrou, quantitativamente, que a melhor alternativa para o controle químico do psilídeo (transmissor do greening), e consequentemente da doença, ocorre quando o controle é realizado de forma conjunta e coordenado por todos os citricultores de uma região (também conhecido como manejo regional). Enquanto as iniciativas de controle químico de forma isolada e não coordenada (manejo local) apresentam menor eficiência.
O manejo regional deve ser feito em um mesmo momento, por todos os envolvidos, pois promove assim, a diminuição de áreas de refúgios dos psilídeos, dificulta a migração desses e possibilita que as reinfestações ocorram de maneira tardia, uma vez que elas dependerão de psilídeos vindos de áreas muito distantes.
Ainda de acordo com a pesquisa, os resultados mostram que após cinco anos de condução a área de manejo regional apresentou 4,6% de plantas infectadas, com produtividades crescentes e da ordem de 35 ton/ha. Em contrapartida a área de manejo local, mesmo recebendo tratamentos químicos idênticos ao da área de manejo regional, apresentou 53% de plantas infectadas, produtividade decrescente e da ordem de 10 ton/ha.
O controle de doenças como o greening na citricultura é complexo e cabe ao produtor buscar formas de manejo para manter a lavoura de maneira rentável.
Apostando cada vez mais na citricultura, Bayer CropScience tem colaborado com a difusão do conceito do manejo regional e incentivando a formação de grupos de produtores para a adoção do manejo adequado. Dentro de seu portfólio, a empresa disponibiliza aos produtores, o inseticida Provado, que possui ação sistêmica (rápida penetração e distribuição na planta), prolongado período de proteção, além de elevado desempenho, o produto flexibiliza a modalidade de aplicação, uma vez que possui registro para aplicação terrestre e aérea.
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