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Juliana Royo e Kamila Pitombeira
04/05/2011
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A variedade de feijão IAC Formoso está chegando ao mercado e conta com características que agradam tanto o mercado consumidor, como os próprios produtores. Segundo Sérgio Augusto Carbonell, melhorista de feijão e diretor do Centro de Pesquisa de Grãos e Fibras do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), além de mais produtivo, o feijão apresenta resistência à praga antracnose e melhor qualidade na hora do cozimento. A nova cultivar está sendo apresentada na Agrishow 2011 que está acontecendo em Ribeirão Preto (SP) até sexta-feira, 6 de maio.
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— As principais características de um bom feijão estão relacionadas à resistência da planta a várias enfermidades, principalmente enfermidades de solo, como Fusarium solani e Fusarium oxysporum, além de outras características essenciais de uma cultivar de feijão, ou seja, a alta qualidade de grão que um feijão deve ter. Esses grãos devem ter alto teor de proteínas, devem cozinhar rápido, devem ter caldo claro, não podem formar casca após o cozimento e devem apresentar uma taxa de expansão volumétrica, ou seja, o rendimento de panela — explica.
De acordo com o melhorista, os grãos devem apresentar características vantajosas para o produtor, ou seja, a resistência de planta, que promove diminuição de aplicação de insumos na lavoura de até 30%, e a alta produtividade de grãos, essenciais à qualquer cultivar de feijoeiro.
— Hoje, o IAC Formoso é resistente à uma das principais pragas do feijoeiro: a antracnose. Além disso, ele tem resistência moderada a outras doenças, o que é chamado de resistência horizontal. Já em relação à adaptação, ele é recomendado para toda a região Sudeste do país, além da região Sul e Nordeste — afirma Carbonell.
Já a taxa de produtividade depende muito da tecnologia usada por cada agricultor, mas, como diz o melhorista, gira em torno de 2.000 a 4.000 quilos por hectare. Ele explica que, se o produtor utiliza uma tecnologia mais diversificada, com uso de insumos, água e irrigação, a produtividade pode chegar até esses 4.000 quilos. Já se o agricultor produz em sequeiros e não faz uso de tantas aplicações de insumos na lavoura, seguramente consegue entre 1.500 e 2.000 quilos, ou seja, muito acima da média nacional, que gira em torno de 800 a 1.000 quilos por hectare.
— A essência do melhoramento genético do IAC é baseada na produtividade, resistência a doenças e qualidade de grãos. Nós prezamos muito pela qualidade de grãos para que o consumidor tenha um produto de alta qualidade — conclui.
Para mais informações sobre a cultivar, basta entrar em contato com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Grãos e Fibras do IAC através do número (19) 3202-1754.
![](http://www.diadecampo.com.br/arquivos/image_bank/especiais/feijao_dentro_201154164554.jpg)
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