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Embrapa Instrumentação
30/11/2010
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De olho numa área que poderá render mais de US$ 2 trilhões anualmente e demandar milhões de trabalhadores até 2015, representantes do governo, empresas e academia, que compõem o Fórum de Nanotecnologia, estão unidos na tentativa de identificar gargalos e estreitar a relação entre eles. Questões como estas serão discutidas no Workshop Nanotecnologias: Expectativas da indústria brasileira, programado para os dias 2 e 3 de dezembro, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
Cerca de 200 pessoas já confirmaram participação, sendo a maioria, representantes de empresas.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP), Caue Ribeiro, um dos coordenadores do evento, o objetivo é ouvir as empresas interessadas em desenvolver ou que já desenvolvem produtos à base de nanotecnologia. “O intuito é identificar os principais ramos industriais nos quais a nanotecnologia poderá ajudar a resolver gargalos e, com isso, facilitar o contato do empresariado com a academia”, afirma o pesquisador.
O evento se destina as empresas que tem a nanotecnologia como diferencial de produção e a pesquisadores da área. O modelo de workshop é baseado em apresentações de associações empresariais, divididos em quatro grupos de trabalho e por setor de atividade econômica: Insumos, Bens de Capital/Intermediário, Bens Finais, Consumo e Serviços.
Ribeiro adianta que ao final do evento será produzido um documento-guia para embasar futuras iniciativas na área.
A Embrapa Instrumentação vem desenvolvendo pesquisas à base de nanotecnologia desde 1997, quando adquiriu o Microscópio de Força Atômica. Desde então, tem participado e promovido fóruns de discussão sobre o assunto, como a Conferência Internacional sobre aplicação da Nanotecnologia na Alimentação e Agricultura, realizada em junho deste ano, em parceria com o
Institutos de Estudos Avançados (IEA) da USP São Carlos e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a convite da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Em maio de 2009, a Embrapa Instrumentação ainda inaugurou o Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio, a fim de fortalecer pesquisas na área.
Nanotecnologia
A Nanotecnologia é hoje um dos principais focos de inovação em todos os países industrializados por gerar aplicações em diversos setores produtivos e de serviços.
Seu desenvolvimento é considerado estratégico para o Brasil. Estima-se que, entre 2010 e 2015, a produção industrial anual do setor excederá dois trilhões de dólares e demandará milhões de trabalhadores, num mercado estimado de US$ 250 bilhões em eletrônicos e US$ 2,7 bilhões em equipamentos e ferramentas. Há ainda expectativas de que até 2020 sejam movimentados US$ 115 bilhões na produção de tecidos nanoestruturados e outros US$ 53 bilhões em novos materiais.
O evento é organizado pela Embrapa Instrumentação, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), com o apoio da Fiesp.
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