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Começarão em setembro os experimentos de campo com fertilizantes líquidos à base de dejetos suínos conduzidos nos municípios de Concórdia (SC), Dourados (MS) e Rio Verde (GO). Atendendo à demanda do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a experiência é parte das ações da rede FertBrasil, implementada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A rede conta ainda com o apoio de universidades e outras instituições de pesquisa do país, e tem a finalidade de criar alternativas tecnológicas para o segmento no Brasil.
Com o apoio das empresas Semeato e Bunge, os efeitos do fertilizante serão observados em lavouras graníferas cultivadas em sistema de Plantio Direto na Universidade Federal de Santa Catarina e nas unidades Suínos e Aves, Solos e Pecuária Oeste da Embrapa. O objetivo é consolidar a eficiência da tecnologia em comparação aos adubos sólidos já existentes no mercado, nos diferentes sistemas de produção agrícola. E a expectativa é que o material orgânico fique em média 30% mais barato que o convencional.
Enquanto a contribuição ambiental fica a cargo da destinação de resíduos tóxicos e reutilização de água e nutrientes aplicados na criação de porcos, o menor uso de mão-de-obra e a maior eficiência na distribuição durante a manipulação do produto trazem grandes vantagens econômicas aos produtores rurais. Há ainda a versatilidade de formulações possíveis e o ganho logístico, uma vez que o fertilizante enriquecido com minerais pode ser transportado a uma distância de até 200 quilômetros do local de origem.
Engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Juliano Corrêa revela que a utilização da alternativa sustentável permite também o melhor ajuste do fornecimento dos nutrientes com as demandas nutricionais das plantas em seus diversos estágios de crescimento.
— No aspecto de manejo, deverão existir equipamentos agrícolas apropriados à aplicação dos fertilizantes fluidos, sendo o manejo mais fácil quando comparado ao sólido pois evita de carregar e abrir sacaria. Quanto ao aspecto sanitário, não trará nenhum tipo de microrganismos patogênicos, pois estes são eliminados durante o processo de produção — explica ele.
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