Por volta do século XVI, os portugueses introduziram no Brasil as primeiras sementes de mangueiras pertencentes à raça Filipínica, que são geralmente fibrosas e poliembriônicas, a exemplo da ‘Espada’. A variedade de manga Espada é a mais antiga e comum em todo território nacional, seguida pela manga “Rosa”. Muitas das variedades nacionais são comuns dependendo da região de cultivo, como as variedades Bourbon em São Paulo, Ubá em Minas Gerais, Carlotinha (Bahia), entre outras. No entanto, grande parte da manga consumida no Brasil é estrangeira, como as variedades Tommy Atkins, Palmer e Haden, entre outras, que também são as mais exportadas.
Variedade Espada
Possui porte elevado, produtiva e tem boa qualidade para o consumo ao natural. O fruto tem forma alongada (oblonga) e pesa em torno de 300g. A cor da casca é verde ou verde amarelada, polpa fibrosa e muito usada como porta-enxerto. Tem brix de 18º a 20º e pode produzir duas vezes por ano.
Variedade Rosa
Foi introduzida em São Paulo em 1923, sendo uma variedade brasileira tradicional e muito importante no Nordeste. Tem porte médio, poliembriônica e de produção precoce. O fruto tem forma oblonga cordiforme, pesa em torno de 350g e muito aromático. A cor da casca é atrativa (rosa avermelhada), polpa amarelo ouro, fibrosa com brix entre 14º a 16º. É resistente à doença fusariose ou à má formação vegetativa e floral.
Variedade Tommy Atkins
Foi originada de uma progênie da variedade Haden, na década de 20, na Flórida, Estados Unidos, e introduzida no Brasil em 1960. Atualmente é a variedade mais cultivada no país e a principal manga de exportação no mundo. Tem fruto de tamanho médio a grande (450g a 500g), casca espessa e avermelhada, polpa firme, suculenta e brix de 17º. A semente é monoembriônica.
Variedade PalmerFoi originada no ano de 1945, Flórida, Estados Unidos, de parentais desconhecidos e introduzida no Brasil na década de 60. Tem copa aberta, semitardia e, atualmente, tem boa aceitação no mercado interno. Os frutos são verde arroxeados, quando imaturos, e tornam-se corados de vermelho escuro, quando maduros. A polpa é amarelada, firme com pouca ou nenhuma fibra e excelente paladar (brix 21,6º), concorrendo ao da variedade Tommy Atkins. As sementes são monoembriônicas e compridas.
|