A melhor época de plantio é quando as chuvas passam a ocorrer com maior frequência (novembro a janeiro, no Brasil Central). Em áreas de queimadas, no entanto, o plantio deve ser feito sobre as cinzas, quer dizer, antes da ocorrência das primeiras chuvas. Seja qual for o método escolhido, o plantio deve possibilitar a distribuição uniforme das sementes por toda a área a ser formada. No caso de plantio em linhas ou covas, o espaçamento entre elas deve ser o menor possível.
Uma causa frequente de insucesso é o plantio de quantidades insuficientes de sementes. A boa regulagem do equipamento de plantio é uma forma de garantir que a quantidade certa de sementes seja plantada. Essa quantidade, chamada de taxa de semeadura, varia de acordo com as condições de plantio e com a qualidade das sementes adquiridas. As sementes devem ser cobertas pelo solo após a sua distribuição na área. As semeadeiras de linha e as “matracas” fazem isto automaticamente.
O enterrio excessivo das sementes também é uma causa frequente de insucesso na formação de pastagens. Sementes miúdas como as dos capins Tanzânia, Mombaça, Andropogon e Setária devem ser enterradas, no máximo, a dois centímetros de profundidade, enquanto que as Brizanthas, Decumbens e Humidicola a não mais de quatro centímetros.
Muitos equipamentos usados para plantio (principalmente as esparramadeiras de calcário) não permitem regulagens para quantidades inferiores a sete/oito quilos de sementes por hectare. Se for necessário plantar quantidades menores que estas, areia, fosfato de rocha, calcário, esterco seco e moído, pó-de-serra, ou casca de arroz, podem ser misturados às sementes para aumentar o volume a ser plantado.
Alguns fertilizantes, como cloreto de potássio, ureia e sulfato de amônia, não podem ser misturados com as sementes porque causam sua morte. Por outro lado, o superfosfato simples pode ser misturado, desde que o plantio ocorra no mesmo dia em que a mistura for preparada.
O uso de rolo compactador, imediatamente após a distribuição das sementes, favorece o seu contato com o solo, posicionando-se na profundidade adequada e possibilitando uma emergência rápida e homogênea das plantinhas. No entanto, ela não precisa ser feita caso chova logo após a distribuição das sementes (porque a chuva, por si só, promove o enterrio da maior parte das sementes) nem, tampouco, em solos muito argilosos, especialmente, quando úmidos. Em plantios aéreos ou feitos com “matracas”, devem-se utilizar sementes com altas porcentagem de valor cultural.
Trabalhar com o depósito de sementes da semeadeira sempre cheio diminui a excessiva separação (estratificação) das sementes pesadas das leves. Se isso não for feito, as sementes pesadas (de melhor qualidade) tenderão a ser plantadas primeiro e as mais leves vão ficando para o fim. Esse problema ocorre dentro do depósito por causa da trepidação da máquina em movimento, e pode resultar em grande desuniformidade no estabelecimento da pastagem.
Enfim, para o bom início da formação de uma pastagem é necessário que se obtenham, no mínimo, 15 plantinhas nascidas (e bem distribuídas) por metro quadrado no caso dos capins braquiarão (brizanthão), decumbens e piatã. Enquanto, que 20 plantinhas por metro quadrado são necessárias no caso dos capins setária, andropogon, tanzânia e mombaça. Por isso, negocie e compre suas sementes de empresas responsáveis e idôneas que possam garantir uma ótima qualidade das sementes adquiridas.
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