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Para a retirada dos dejetos nos galpões de criação de aves de corte é utilizada a cama de frango, constituída por serragem, maravalha, casca de café ou palha de arroz. Os materiais vegetais secos têm característica de boa absorção de umidade e nutrientes e melhoria na eliminação da amônia no ar, o que favorece a proteção e o crescimento dos animais. O tratamento das camas de frango com a técnica da biodigestão anaeróbia é justamente o objetivo do estudo “Reuso da fração líquida do processo de biodigestão anaeróbia de cama de frango”, da pesquisadora Karolina Von Zuben Augusto, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A coleta é feita em granjas e a cama é diluída com água, abastecendo biodigestores da universidade. Karolina explica que, após o processo de biodigestão anaeróbia, o material é conduzido para uma fase de pós-tratamento, que inclui a separação de sólido-líquido em tanques de sedimentação e caixas de acumulação (sistema wetland). Isso faz com que o uso da fração líquida desse tratamento para dissolvimento de novas camas de frango seja uma alternativa para a diminuição de custos e a economia de água limpa para os avicultores.
Nas criações de frango de corte, as aves são alojadas em um mesmo galpão e seus dejetos conferem umidade para o piso do ambiente e acabam produzindo amônia, o que se torna prejudicial ao bem estar e ao ganho de peso dos animais. A responsável pelo trabalho destaca que a cama de frango possui um manejo específico ao ser retirada dos galpões, para receber um tratamento adequado e, posteriormente, ser disposta na agricultura.
Os resultados da pesquisa ainda estão em fase preliminar, com sucesso na produção de biogás quando utilizada a fração líquida separada para diluição das camas. Apesar de ainda não terem sido diagnosticados os tipos de gases constituintes da massa de biogás produzida, Karolina acredita que as informações sobre biodigestão anaeróbia da cama de frango facilitarão produções mais eficientes.
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