O Estado de Santa Catarina foi oficialmente reconhecido, nesta terça-feira, 16 de novembro, como área livre de febre aftosa sem vacinação pelo governo dos Estados Unidos. O Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal (Aphis, sigla em inglês) publicou no diário oficial daquele país (The Federal Register) a inclusão do estado na lista de regiões livres também de outras doenças animais. Este é mais um passo para a abertura daquele mercado à carne suína in natura catarinense, pleiteada pelo governo brasileiro desde 2007.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, comemorou o anúncio feito pelo governo americano. “É uma vitória importante para o país. Os avanços nas negociações internacionais são fruto do esforço da iniciativa do governo brasileiro, em especial dos ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, além das entidades de classe”, disse. “O Brasil ganha mais respeito, reconhecido como um dos grandes produtores de alimentos do mundo”.
De acordo com a publicação, a medida entra em vigor em 1º de dezembro de 2010 e, quando os governos dos dois países poderão definir os requisitos de saúde pública a serem atendidos pelos estabelecimentos frigoríficos catarinenses interessados em exportar carne suína in natura para o mercado norte-americano. Além disso, o reconhecimento por parte de um dos países mais exigentes no controle sanitário animal reforça a imagem do produto brasileiro perante outros mercados e dá condições ao Brasil de prosseguir também com as negociações para a abertura das exportações de carne bovina in natura, que já duram 11 anos.
As autoridades sanitárias norte-americanas cumpriram o prazo informado ao Ministério da Agricultura brasileiro há um mês, durante a reunião do Comitê Consultivo Agrícola Brasil – Estados Unidos, realizado em Washington. Na ocasião, o governo daquele país sinalizou que esse reconhecimento poderia acontecer até o dia 30 de novembro. Na mesma reunião, os norte-americanos prometeram finalizar documento com a análise de risco para a carne bovina in natura até 31 de janeiro de 2011. (Eline Santos)
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